sexta-feira, 1 de julho de 2005

EMPRENTEIRA ASSUMIU CONTRATO DE 46 MILHÕES PARA FERROVIA SEM TER CONDIÇÕES DE FAZER A EMPREITADA. FERNANDO SARNEY É O MENTOR INTELECTUAL DA QUADRILHA.

Agência Folha, em São Luís
Agência Folha, em Imperatriz (MA)

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u603764.shtml

Elo de firmas com Fundação José Sarney

Três empresas investigadas na Operação Boi Barrica funcionam no mesmo endereço da MC Consultoria, que desviou verba da Petrobras repassada à Fundação José Sarney. As empreiteiras Lupama, Planor e Proplan integram um esquema de desvio de recursos públicos em estatais. 
A fraude era comandada pelo empresário Fernando Sarney, principal alvo da Boi Barrica (rebatizada de Faktor) e indiciado no dia 15. Ele é filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que dá nome à fundação.

A empreiteira Lupama não possui estrutura para fazer construções. Mas, por meio de sub-empreitada, assumiu contrato de R$ 46 milhões para trecho da ferrovia Norte-Sul, sob responsabilidade da estatal Valec-Engenharia, Construções e Ferrovias.
Conforme a PF, Fernando era o "mentor intelectual" de uma quadrilha que incluiria dois empresários ligados a ele, Gianfranco Vitorio Artur Perasso e Flávio Barbosa Lima. Os dois são os donos da Lupama, da Proplan e da Planor.

Fernando fazia tráfico de influência na Valec em "contatos promíscuos" com o diretor de engenharia, Ulisses Assad. Aí entra a conexão com a Fundação José Sarney. A Petrobras repassou R$ 1,34 milhão à entidade de 2005 a 2008 para recuperação de livros e acervo do museu da entidade.
Para tocar os projetos, a fundação contratou várias empresas. Uma delas foi a MC Consultoria, que recebeu R$ 40 mil, mas o seu proprietário, Marco Aurélio Bastos Cavalcanti, não sabe explicar com clareza que trabalho prestou à entidade.


O Ministério Público Estadual, que reprovou as contas da fundação nesta semana, diz que MC Consultoria foi contratada para serviços que não têm a ver com área de contabilidade. Contador e advogado, Cavalcanti trabalha na TV Mirante, que pertence à família Sarney. Ele disse ter alugado a sede da MC de Flávio Lima, o empresário que atuaria com Fernando. O contador afirmou ainda que faz contabilidade da Proplan.

Com sede em São Paulo, conforme cadastro da Receita Federal, a Proplan desviou R$ 2,6 milhões da obra de despoluição da lagoa de Jansen em São Luís. A PF interceptou um e-mail da empresa que faz menção a documentos de "Fernando J. M. Sarney" no arquivo da Proplan.
Além do endereço em São Luís, a Lupama tem sede, segundo a Receita, em Imperatriz. O local fica num bairro pobre e sem saneamento básico.

Durvalina Pessoa da Silva, 55, que mora na pequena casa de alvenaria há 20 anos, disse que seu marido, Modesto de Freitas, apenas cedeu o endereço a Flávio Lima. Segundo ela, na casa não há atividades da empresa. "Aqui só chega a correspondência."


Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo para sempre.

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