sexta-feira, 1 de julho de 2005

ALUNOS ABANDONAM A EJA POR CHACOTA E AGRESSÃO FÍSICA NA SALA DE AULA. É MUITO COMUM VER ATOS DISCRIMINATÓRIOS EM SALA DE AULA. O professor Fábio Castelano, diretor da secretaria de gênero e combate à homofobia do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), conta que o preconceito é comum não apenas em relação a alunos, mas também a docentes homossexuais.

UOL EDUCAÇÃO

http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/09/08/ult105u8656.jhtm

A discriminação a homossexuais nas escolas leva a evasão escolar .

A discriminação com base na sexualidade de alunos e professores é grave no Rio de Janeiro. O preconceito se revela como um forte fator para que jovens abandonem os estudos e, muitas vezes, deixem de lado sonhos de formação profissional.

A discriminação na escola é muito séria e é causa de uma grande evasão.

Percebemos que muitos alunos que procuravam a EJA (Educação para Jovens e Adultos) haviam abandonado seus estudos porque não se sentiam à vontade em sala de aula, sendo motivo de chacota e até de agressão física", explicou a assistente de coordenação de Diversidade Educacional da Secretaria Estadual de Educação do Rio, Sílvia Cruz.

Essa realidade mostra que os profissionais de educação não respeitam a diversidade nas salas de aula. Muitos desses profissionais , favorecidos por indicações políticas , milícias, e poder paralelo sem a formação ética necessária ou, não aprovada por concurso público.

EJA "É muito comum ver atos discriminatórios em sala de aula. Como professor, quando percebo algo nesse sentido, tento fazer um paralelo com outros tipos de preconceito, como o racial. Aí, é mais fácil os alunos entenderem que qualquer discriminação, seja por orientação sexual, pela cor ou pela religiosidade, é absurda. "Castelano é um exemplo de quanto o preconceito na escola também faz com que as pessoas esconadam sua orientação sexual. Ele disse ter escondido sua homossexualidade durante anos por temer a reação da comunidade escolar. "Sempre fui um professor muito respeitado e tinha medo de perder essa condição que conquistei com muito trabalho e dedicação.

"Gilmar Santos, presidente do grupo Conexão G, organização não governamental que atua na defesa dos direitos dos homossexuais em favelas cariocas, afirmou que, além dos prejuízos emocionais provocados pela evasão escolar em função da discriminação, o abandono dos estudos aumenta as dificuldades dessa parcela da população na hora de conseguir um emprego.

"Quando desistem de estudar, ficam sem qualificação e encontrar um emprego se torna muito mais difícil.
Dessa forma, muitos acabam caindo na prostituição por não encontrarem outra opção para garantir seu pão de cada dia.

"Segundo Santos, com base nos atendimentos realizados pela ONG, que incluem orientação jurídica, social e psicológica, ocorre pelo menos um caso de agressão física ou verbal contra homossexuais a cada dia.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo para sempre.

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