sexta-feira, 1 de julho de 2011

A MÁFIA BRASILEIRA FONTE DA VIOLÊNCIA. LÍDERES POLÍCIAIS E POLÍTICOS PARLAMENTARES COM IMAGENS DE PROTETORES . BANDIDOS DENTRO DO PALÁCIO DO GOVERNO . São criminosos violentos, possuem muito armamento e trabalham com domínio de territórios. A milícia trabalha com domínio político, controle de centros sociais. Frequentam o palácio do governo, é candidato político. Qual foi o grande confronto armado da polícia com milicianos para tomada de comunidades? Não houve nenhum. A milícia trabalha com domínio político, controle de centros sociais. Frequentam o palácio do governo, é candidato político. É um nível de domínio muito maior. O governo precisa usar outros instrumentos para a retomada de territórios das milícias. Precisamos ir em cima dos líderes, dos policiais que chefiam esses grupos. Pesquisa da Uerj mostra expansão das milícias: VIOLÊNCIA GERADA PELAS MILÍCIAS DO RIO DE JANEIRO É MUITO DIFÍCIL DE SER COMBATIDA. GRUPOS DE MILÍCIAS estão em quase metade das favelas do Rio E DÃO SUPORTE A TODO TIPO DE MARGTINALIDADE E VIOLÊNCIA OCULTAS. Os estudos do tema dizem que esses criminosos que já teriam o domínio de 41,5% das 1.006 favelas do Rio, de acordo com estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e coordenado pela antropóloga Alba Zaluar. Eles (milicianos) são outro tipo de pessoas, são policiais, ex- policiais, bombeiros, estão ligados à estrutura oficial, possuem uma rede de relacionamentos que permite ter informações. Estão infiltrados em várias camadas de poder, no executivo, no legislativo, no judiciário. O objetivo é a entrada no poder, é o lucro. Eles montam estrutura para isso. Milícia é uma atividade criminosa, com mais poder do que qualquer facção do tráfico. Eles conhecem o sistema, sabem como funciona. Sinceramente, o problema é muito mais difícil. Milícia vai ser o problema da década e não vai terminar em 2014. É um negócio muito rentável. Os operadores conhecem o sistema a ponto de se adaptarem ao que vai acontecer”, afirma o pesquisador. A vontade política de um governo enfrentar o Monstro das Milícias tem que ser materializada em investimentos, estruturas policiais, treinamento e tecnologia”, acrescenta. Tem que tirar deles o poder econômico, licitando as permissões para circulação de vans e outros transportes alternativos, desmilitarizar os bombeiros, que não precisam usar armas, e tipificar o crime de milícia. “Penso em vender meu carro. Não há vaga para ele no bairro das Laranjeiras. Deixei na Rua Ribeiro de Almeida e o pessoal da milícia arranhou a lataria de ponta a ponta. Isso porque denunciei a privatização do espaço público. Eles dizem que a Rua Ribeiro de Almeida é uma comunidade e eu não faço parte, não pago a associação. Que coisa terrível, covarde, triste. Eles acham que são donos da rua.”

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Combate a milícias será mais difícil que guerra ao tráfico, dizem analistas

GRUPOS DE MILÍCIAS estão em quase metade das favelas do Rio E DÃO SUPORTE A TODO TIPO DE MARGTINALIDADE E VIOLÊNCIA OCULTAS.

É Preocupante a expansão desses grupos de marginais ,intimidando a sociedade.

Pesquisa da Uerj mostra expansão das milícias

Os estudos do tema dizem que esses criminosos que já teriam o domínio de 41,5% das 1.006 favelas do Rio, de acordo com estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e coordenado pela antropóloga Alba Zaluar.

“Milícia é outra coisa. Eles (milicianos) são outro tipo de pessoas, são policiais, ex- policiais, bombeiros, estão ligados à estrutura oficial, possuem uma rede de relacionamentos que permite ter informações. Estão infiltrados em várias camadas de poder, no executivo, no legislativo, no judiciário. É crime organizado mesmo”, explica o ex-capitão do Bope, antropólogo e pesquisador do Instituto Universitário de Ciências Policiais da Universidade Cândido Mendes, Paulo Storani.


CPI levantou presença das milícias em vários pontos

O objetivo é a entrada no poder, é o lucro. Eles montam estrutura para isso. Milícia é uma atividade criminosa, com mais poder do que qualquer facção do tráfico. Eles conhecem o sistema, sabem como funciona. Sinceramente, o problema é muito mais difícil. Milícia vai ser o problema da década e não vai terminar em 2014. É um negócio muito rentável. Os operadores conhecem o sistema a ponto de se adaptarem ao que vai acontecer”, afirma o pesquisador.
A vontade política de um governo enfrentar o Monstro das Milícias tem que ser materializada em investimentos, estruturas policiais, treinamento e tecnologia”, acrescenta.

'Abordagem deve ser diferente', afirma delegado

O delegado Cláudio Ferraz, responsável pelas principais prisões de milicianos, como titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da Polícia Civil, também destaca as dificuldades para enfrentar esses grupos.

MILÍCIA É A POLÍCIA
Grupos possuem muitas fontes ilegais de arrecadação “Já foi instalada uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) em área dominada por milicianos, que foi o Batan, em Realengo. Qualquer comunidade pode ser ocupada. Agora, evidentemente que a abordagem de milícia é diferenciada. Não é só ocupação. Milícia é a polícia. É formada majoritariamente por policiais. Milícia em tese é polícia. Precisamos ir em cima dos líderes, dos policiais que chefiam esses grupos. O combate à milícia tem suas peculiaridades, com certeza”, ressalta.

POLÍCIA FEDERAL TEM QUE ENTRAR

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ), Wadih Damous, defende a participação da Polícia Federal nas investigações sobre milícias. “É um combate que não é meramente militar, tem uma complexidade muito maior”, afirma.
PARLAMENTARES CRIMINOSOS MILICIANOS SE ELEGEM COM A IMAGEM DE PROTETORES.

É COMO A MÁFIA ITALIANA

“Elas têm promiscuidade com aparelho do estado, parlamentares , com integrantes do setor público. É um trabalho que tem que ser feito com muita eficácia, caso contrário esses criminosos continuarão se reafirmando nas comunidades como protetores”, diz Damous, que compara a atuação das milícias às das máfias italianas.

'Milícia trabalha com domínio político', diz deputado

Segundo o deputado Marcelo Freixo, que presidiu a CPI das Milícias e se tornou um especialista no assunto, existem muitas diferenças entre as formas de agir das milícias e do tráfico.
São criminosos violentos, possuem muito armamento e trabalham com domínio de territórios. Mas as semelhanças param aí. Qual foi o grande confronto armado da polícia com milicianos para tomada de comunidades? Não houve nenhum. A milícia trabalha com domínio político, controle de centros sociais. Frequentam o palácio do governo, é candidato político. É um nível de domínio muito maior. O governo precisa usar outros instrumentos para a retomada de territórios das milícias”, afirma.

COMO ENFRENTAR A MILÍCIA
O relatório da CPI apontou onde funcionavam as milícias e apresentou 58 propostas para enfrentá-las. “Milícia é policia. Tem que tirar deles o poder econômico, licitando as permissões para circulação de vans e outros transportes alternativos, desmilitarizar os bombeiros, que não precisam usar armas, e tipificar o crime de milícia”, completa.

TEM QUE TIRAR DELAS O PODER ECONÔMICO.
TEM QUE TIPIFICAR O CRIME DE MILÍCIA PARA 30 ANOS DE CADEIA SUMÁRIOS.

ZONA SUL COMEÇA A SABER COMO É O TERROR ENFRENTADO PELAS COMUNIDADES

Circular que morador de Botafogo diz ter recebido
de milicianos
Circular ameaçadora

A ousadia desses milicianos é conhecida - principalmente na Zona Oeste. Mas, moradores da Zona Sul, dos bairros Botafogo e Laranjeiras, também já receberam recados ameaçadores.

MILÍCIA DA ZONA SUL EMITIU CIRCULAR E CONVITE PARA A REUNIÃO
É o caso de um morador da Rua Martins Ferreira, em Botafogo, que recebeu uma espécie de circular com um aviso contundente, já que resistia a participar de uma "reunião" proposta pelo grupo: "Vamos ser mais objetivos nesta futura decisão" 
Veja abaixo depoimentos de quem já sofreu intimidações de milicianos. Nas comunidades carros , motos são jogados em cima de pessoas, empurra empurra em espaços públicos, pessoas perdem empregos, mortes ocultas.


BANDIDOS DONOS DA RUA QUEM NÃO PAGA OU TEM OPINIÃO CONTRA NÃO EXISTE
Moradora de Laranjeiras

“Penso em vender meu carro. Não há vaga para ele no bairro das Laranjeiras. Deixei na Rua Ribeiro de Almeida e o pessoal da milícia arranhou a lataria de ponta a ponta. Isso porque denunciei a privatização do espaço público. Eles dizem que a Rua Ribeiro de Almeida é uma comunidade e eu não faço parte, não pago a associação. Que coisa terrível, covarde, triste. Eles acham que são donos da rua.”

Morador de Botafogo

“De uma hora para outra, alguns homens surgiram na Rua Vicente Sousa, em Botafogo, e passaram a ser os donos do pedaço. Estão também na Bambina e Dona Mariana. Dizem que são integrantes de uma associação de policiais. Para isso, cobram taxas de moradores e até de pais de alunos dos colégios dizendo que é para impedir roubos de carros e garantir a segurança das pessoas.

Funcionário de uma escola da Tijuca

“Eles entraram na escola e abordaram a direção, sem o menor constrangimento. Disseram que estavam ali para dar segurança ao colégio, aos alunos e funcionários. O dono da instituição, que é um coronel do Exército, disse que não precisava. Então, eles mandaram o seguinte recado: ‘Tomem cuidado. Vocês podem ser assaltados a qualquer momento. Cuidado com o que pode acontecer.’ Ficamos com medo de medo de retaliações, mas acho que não fizeram nada em respeito ao coronel.

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