sexta-feira, 1 de julho de 2011

“O preconceito está inserido nas pessoas e nos próprios gays". O PRECONCEITO ESTÁ INSERIDO NAS PESSOAS. NA HORA DO INTERVALO VINHAM AGRESSÕES VERBAIS E MORAIS. A MALDADE EMPURRA TRANSGÊNEROS PARA À NOITE.

MIX BRASIL














“Todos os gays aspiram ao respeito e à aceitação hetero, mas, se nós mesmos não nos suportamos no sentido de que gay não gosta de transex, que não gosta de sapata [lésbica] que não gosta de drag queen, que não gosta da pintosa. Como queremos que os heteros nos aceitem e respeitem, se internamente não nos suportamos ”, diz Thara . Alguns órgãos públicos esclarecem as pessoas “transgêneros”, como a Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual (Cads) e o Centro de Referência da Diversidade (CRD). A Cads tem o objetivo de promover, estimular e divulgar toda ação que combata à homofobia, assim como criar um espaço de comunicação com a sociedade como um todo. O CRD oferece oficinas profissionalizantes, atendimento psicológico e social, espaço de conveniência, orientação sobre saúde e aconselhamento jurídico. Ambos são ligados à Prefeitura de São Paulo e localizados na zona central da cidade. Apesar de recém criados, cumprem um papel importante. Entretanto, ao serem questionados sobre dados reais quanto ao mercado de trabalho, esquivam-se por meio de gerúndios com um “estarei te enviando ou conversando sobre o assunto após o feriado”. A reportagem procurou as duas entidades por duas semanas, em vão. A maior parte das transgêneros trabalha como profissionais da noite. De acordo com a Articulação Nacional das Travestis e Transexuais (Antra), cerca de 90% delas estão inseridas na prostituição. A drag queen e maquiadora Llady Metteora de Tatuí, na região de Sorocaba, nível técnico em nutrição e dietética, trabalhou por algum tempo nessa área e não gostou.“ Desde criança eu já era diferente dos meus amiguinhos na escola. Era um menino afeminado, mas creio que fui privilegiado aqui no interior, pois as pessoas são mais tolerantes. Atualmente como maquiadora tenho mais destaque e é o que amo fazer. No Brasil não existe graduação nessa área como na Europa e nos EUA, mas se tivesse que escolher outra área eu faria Letras”, diz Llady.



Não existem documentários ou filmes na programação aberta, e os poucos, feitos geralmente no exterior como “Transamerica” (2005) – Globo de Ouro de melhor atriz para Felicity Huffman - não passam na “Tela Quente” da Rede Globo. “Transamerica” ficou pouquíssimo tempo em cartaz nos cinemas de São Paulo. Recentemente, o filme “Brokeback Mountain” (2005), do diretor Ang Lee, foi outro marco ao conseguir romper as barreiras de Hollywood. Na televisão, desde os anos 70, os programas de auditório como Chacrinha, Silvio Santos ou Bolinha tentavam de alguma forma dar visibilidade ao grupo e traziam travestis e transexuais em quadros de dublagem.

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