sexta-feira, 3 de abril de 2009

Não condene alguém com transtorno bipolar com sintomas psicóticos no mundo do trabalho. É o meu conselho, é o que eu posso ensinar e dizer às pessoas para que o mundo seja um pouco melhor diante do quadro em que eu, professora Faiza Khálida, matrículas 5508 e 14725, vivi no meu emprego de professora concursada e efetiva da Prefeitura Municipal de Belford Roxo.

"Não há 2 pessoas com doença bipolar iguais. Cada experiência é diferente. Muitas sofrem da doença há muitos anos e estão a receber tratamento eficaz. Outras ainda aguardam por um diagnóstico. Muitas das pessoas afetadas pela doença bipolar são prestadoras de cuidados, amigos ou membros da família. Cada um destes terá a sua própria história para contar e seu próprio caminho para percorrer. Para a maioria, será difícil. Algumas vezes, constituirá um desafio e poderá haver riscos ao longo deste caminho.
Felizmente, já muitos fizeram este percurso e, com base nas suas experiências, é possível ultrapassar os obstáculos e prepararmos para o futuro".


Quando se fala em doença mental, existem vários lados de uma mesma história: o lado do doente, do médico, das pessoas que lidam com o doente, etc.











Eu vou falar alguma coisa relacionada ao lado de quem sofre a doença mental denominada transtorno bipolar com sintomas psicóticos. Certamente não vou agradar a maioria das pessoas que lidam com os doentes, ao público em geral e quem sabe a alguns profissionais da saúde também. Graças a Deus eu passei por muito poucos profissionais da saúde que me atenderam mal, mas infelizmente eles existem também.










Logicamente o fato da pessoa ser doente, ter uma doença mental não a torna incapaz para sempre, mas existe essa possibilidade sim. No trabalho, especificamente, a pessoa com transtorno bipolar psicótica pode ser considerada maluca, doida, infeliz, preguiçosa, mau-caráter, perigosa, mal profissional, ou seja, é de um tudo porque depende de cada caso e de cada realidade. As pessoas são diversas e as realidades também.



Eu por exemplo não assumo compromisso desde quando eu tive a consciência da doença mental porque eu sei após longo tempo que não sou capaz de prever como vou estar e agir daqui a algum tempo. Posso estar bem para executar tal atividade, prejudicada, tentando bater cabeça enfrentando todo tipo de dificuldade interna e externa incluindo o preconceito, e também posso estar totalmente incapacitada vivendo uma outra realidade e momento que não pode ser compreendida pela maioria das pessoas que não entendem o que significa ter quadros de delírios, euforias, alucinações e outros eventos fora do senso considerado comum.



Eu sou doida? Quem não é? Quem não foi ou não será? Jesus Cristo talvez tenha dito ou foi considerado louco aos olhos do mundo. Eu tenho uma facilidade de escrever mais que eu tenho em dizer porque é momento mais profuso para eu esclarecer ou contar sobre o que deve ser dito de alguma forma.




Voltando ao julgamento das pessoas no mundo social, familiar e do trabalho, o doente é visto com desdém. Os problemas são distorcidos como se o doente fosse um preguiçoso,  um medroso, alguém sem espiritualidade, sem caráter, irresponsável e até um criminoso.




Comigo, a depressão em diferentes estágios reprime as minhas atitudes e o meu convívio social. Eu já fiquei longo tempo trancada dentro do quarto. Muito tempo sem ter o convívio com o mundo fora da minha casa. Anos seguidos longe de tudo que havia construído na vida considerado como laço social, fora do esporte, da música, do trabalho e até das consultas médicas também.





Com relação aos momentos de euforia sinto que foram extremamente danosos a mim porque me fizeram gastar enorme quantidade de dinheiro por exemplo ou me expor a situações em que eu corri risco de vida também exemplificando.



As situações psicóticas também causam angústia e sofrimento. E só muito tempo depois que eu pude, no meu caso e no caso de alguns poucos médicos muito especializados no assunto, importante dizer, afirmar e diferenciar com precisão o que era realidade e o que era sintoma psicótico.




Enfim, se você chegou até aqui nesse texto eu espero que você procure estudar mais o assunto porque eu fui por muito tempo julgada principalmente no meu trabalho de professora concursada efetiva da rede municipal de Belford Roxo como alguém capaz de responder plenamente pelos meus atos quando eu não podia e, enfim, devido ao fator externo como o preconceito principalmente e ao fator interno como a doença eu perdi o meu emprego no momento em que eu mais precisava ter a compreensão e a assistência de toda a sociedade ao meu redor para inclusive caminhar em direção a minha saúde, dignidade, igualdade e cidadania plenas,  direitos primordiais e "primeiros" de todas as pessoas.




O que eu posso dizer a fim de que outros não passem o mesmo que eu passei: não julgue, não condene porque até os juízes de fato e de direito levam anos para processarem todo um quadro de saúde mental e contextos de uma vida, considerando muitos fatores, relatos e documentos, antes de tomarem uma decisão.



Não queira ser você deus para dizer e julgar a pessoa com transtorno bipolar psicótico, principalmente no mundo do trabalho porque você não é capaz de fazer um relatório sob o ponto de vista de quem viveu o problema da doença em um determinado ambiente social estressor em estágios, momentos e sob o quadro bioquímico influenciado inclusive pelo uso de  medicamentos e alterações biológicas. De fato, só o doente mesmo pode precisar.




(Professora Faiza Khálida Fagundes Coutinho - Prefeitura Municipal de Belford Roxo, matrículas 5508 e 14725, Identidade 09089680-4, CPF 024114147-81)

Bendito o preciosíssimo sangue do Senhor Jesus Cristo.
Jesus é o Caminho.
Louvado o Senhor Jesus Cristo para sempre.





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1- Secretaria de Educação e Procuradoria Municipal de Belford Roxo me puniram por escrever nos diários de classe que tinha fortes dores de cabeça na escola e que a escola para mim era um lugar de traumas emocionais e profissionais.


2- Em processo administrativo de 2003 eu pedi para que a Prefeitura Municipal de Belford Roxo custeasse um tratamento Psicológico e Psiquiátrico para mim alegando que eu não me encontrava mais depois de tudo que havia passado no serviço público da rede de educação em condições de desempenhar minhas funções equilibradamente, mas eu não fui atendida. No mesmo parágrafo do processo de 2003 arquivado pela Procuradoria do Município, eu registrei " que inúmeras vezes me encontrava chorando e relembrando esses tristes episódios no trabalho que não conseguia mais tirá-los da minha cabeça sentindo um vazio muito grande e outros sintomas psiquiátricos que não conseguia explicar pedindo em nome do Senhor Jesus Cristo ajuda médica ".



3- Havia descaso com meu estado psicológico e mental.



4- Procuradores de Belford Roxo não levavam em conta meu estado mental.




5- A perturbação mental começou em 2002 quando fui ameaçada de ruína e morte pela subsecretária de educação de Belford Roxo após anos sofrendo homofobia em escola municipal.


6- Nova ameaça de morte em escola em 2007 piorou meu quadro psicológico e mental.


7- Roubo dos meus 2 aparelhos portáteis que eu utilizava para dar aulas contribuiu para meu estado de abatimento, desânimo, desmotivação e depressão.


8- Relatório técnico sobre meu desempenho em 2002 me trouxe danos  profissionais e pessoais.


9- Primeira parte - sobre danos gerados pelo relatório técnico de 2002.


10- Segunda parte - sobre danos gerados por relatório técnico de 2002.



11- Mais um evento traumático comigo ficou impune devido ao meu estado de abatimento, apatia e inércia. Eu fui retirada à força de dentro do banheiro feminino da Prefeitura e jogada no chão da escada por aproximadamente 8 guardas-municipais a mando do subsecretário Paulo Allevato.


12- Funcionários públicos municipais de Belford Roxo desrespeitavam a identidade de gênero de transgêneros, travestis e transexuais.


13- Procurador de Belford Roxo LORIVAL ALMEIDA DE OLIVEIRA mentiu dizendo que eu havia recebido cópia de processo para ter como me defender. Na ESCOLA MUNICIPAL JORGE AYRES DE LIMA não me deram cópia de nada e de nenhum processo. Não me deixaram ler o processo ou tirar cópia dele. 


14- Orientadora se mobilizava para me tirar de escola municipal de Belford Roxo e me prejudicava, exclusão e isolamento.


15- Em 2009, o subsecretário municipal de Educação de Belford Roxo Miguel de Sousa Ramiro que prometeu mandar a minha frequência pelo período coberto pelo LAUDO MÉDICO PSIQUIÁTRICO, 2 semanas depois disse para mim que havia esquecido de tudo inclusive do MEU LAUDO MÉDICO mediante a pressão do supervisor educacional, consultor e assessor jurídico Jorge Silva (mat. 54368). OFÍCIOS REFERENTES A MIM FORAM EXTRAVIADOS NA SEMED (secretaria municipal de educação de Belford Roxo).

16- A PREFEITURA MUNICIPAL DE BELFORD ROXO, A PROCURADORIA MUNICIPAL E A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO NUNCA ADMITIAM EM PUNIÇÃO, OCORRÊNCIA, RELATOS, RELATÓRIOS, PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS E INQUÉRITOS, INCLUSIVE OS QUE ME DEMITIRAM DEFINITIVAMENTE DO FUNCIONALISMO PÚBLICO MUNICIPAL, QUE EU ATRAVESSAVA TANTO UM PROCESSO BIOQUÍMICO DIÁRIO QUE AFETAVA  TODA A MINHA MENTE E TODO O MEU CORPO COMO TAMBÉM  ATRAVESSAVA UMA REALIDADE QUE ME CAUSAVA SOFRIMENTO.


17- O RELATÓRIO SOBRE O II CONSELHO DE CLASSE DE 2007 NA ESCOLA MUNICIPAL JORGE AYRES DE LIMA FEITO PELA ORIENTADORA PEDAGÓGICA CONCEIÇÃO COM O OBJETIVO discriminatório DE ME PREJUDICAR.


18- 2002 foi o ano em que pela primeira vez eu senti que havia ficado doente por causa do trabalho.


19- Procuradora de Belford Roxo DÉBORA FERNANDES CORDEIRO PINTO (matrícula 80/28.585) também ligada a igreja evangélica recusou por 2 vezes o meu pedido de readmissão. FOI CURTA E GROSSA. NÃO COMENTOU SOBRE O LAUDO MÉDICO APRESENTADO. NÃO SE INTERESSOU EM AVERIGUAR O QUADRO PSIQUIÁTRICO. NÃO FEZ REFERÊNCIA AOS PROBLEMAS SOCIAIS E AO PRECONCEITO NO TRABALHO. IGNOROU TUDO SIMPLESMENTE.


20- A minha demissão na Prefeitura de Belford Roxo.


21- Defesa de inquéritos, processos e procedimentos administrativos e disciplinares referentes a professora em processo transexualizador da Prefeitura de Belford Roxo Faiza Khálida.





22- A minha doença transtorno bipolar com sintomas psicóticos.




23- História - professora Faiza Khálida da rede municipal de educação de Belford Roxo. 





24- Praticamente todos na Prefeitura Municipal de Belford Roxo sabiam que eu lutava contra um preconceito que impactava a minha saúde psicológica e mental. A administração Pública de Belford Roxo se fez de cega.O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER.


25- Psicólogo do programa Rio Sem Homofobia esteve na Procuradoria de Belford Roxo explicando o meu adoecimento, nem assim houve reconhecimento, avaliação ou consideração  do meu quadro de doença descritos em laudos médicos e psicológicos.


26- Extravio de ofício e processo na Secretaria de Educação referente a professora em processo transexualizador Faiza Khálida.


27- Processo Judicial número 0004742-25.2012.8.19.0008 se encontra na segunda Vara Cível de Belford Roxo desde 02/03/2012.



28- A violência de gênero, o assédio moral, a desvalorização do magistério e o constrangimento no trabalho em Belford Roxo são realidades. O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Tudo isso também leva a Educação Municipal de Belford Roxo para o último lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) na Baixada Fluminense.

Por que me julgas se desconheces o que sofro? 

"Todos nós podemos ajudar o portator do transtorno bipolar:
  • Não estigmatizando
  • Apoiando
  • Reabilitando
  • Integrando

DIGA NÃO AO PRECONCEITO