sexta-feira, 14 de março de 2008

O ROUBO DOS MEUS DOIS APARELHOS PORTÁTEIS AO MESMO TEMPO NAS DUAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE BELFORD ROXO EM QUE EU TRABALHAVA CONTRIBUIU PARA PIORAR O MEU QUADRO DE APATIA, DESÂNIMO E DEPRESSÃO. (Os aparelhos sumiram na Escola Municipal Jorge Ayres de Lima e na Escola Municipal Julio Cesar de Andrade Gonçalves ao mesmo tempo) Professora Faiza Khálida, matrículas 5508 e 14725 - Prefeitura Municipal de Belford Roxo. OS PROBLEMAS QUE LEVAM BELFORD ROXO AO ÚLTIMO LUGAR NA EDUCAÇÃO DO IDEB (ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA) NA BAIXADA FLUMINENSE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.



O aparelho portátil ERA UM RECURSO PRIVILEGIADO

Os meus aparelhos portáteis sumiram ao mesmo tempos nas duas Escolas Municipais de Belford Roxo em que eu trabalhava, na Escola Municipal Jorge Ayres de Lima e na Escola Municipal Julio César de Andrade Gonçalves. E ficou por isso mesmo.


O Uso do aparelho portátil era muito importante na minha filosofia de trabalho de valorizar o bem-estar na sala de aula. Os alunos amavam o aparelho portátil. Gostavam de ouvir músicas. O som era um recurso privilegiado.



A escola era um ambiente estressante:

* Havia muitas pessoas em uma sala de aula.

* Eu era comunicada que os meus alunos eram proibidos de sair da sala de aula, inclusive se precisassem ir ao banheiro ou beber água.
* Eu era obrigada a disciplinar um número imenso de alunos em salas de aulas abafadas. Era comum eu ter que deixar de ensinar efetivamente para manter a disciplina. Os alunos precisavam de uma atenção individualizada, mas nessa situação não era possível.

* O barulho era muito alto vindo dos corredores. Gritar em sala de aula não era suficiente para ser ouvida por todos os alunos muitas vezes.




OS RECREIOS DURANTE A REALIZAÇÃO DE AULAS PERTURBAVAM A NOSSA CONCENTRAÇÃO.

* Aulas também eram realizadas durante os recreios de outras turmas.

* O barulho impossibilitava a minha atividade oral em sala de aula de forma saudável, prejudicava a minha comunicação com a turma em um nível saudável, perturbava os meus alunos em suas de tentativas para se concentrar.
* Era importante para mim a escola ser um ambiente mais adequado e atrativo que fosse possível.

* Era importante para mim os alunos estarem motivados porque isso facilitava a aprendizagem.

* Era importante para mim que a escola tivesse um ambiente adequado onde o ensino pudesse ser realizado.




A MÚSICA ERA USADA NA SALA DE AULA
Eu usava a música na escola, na sala de aula. Isso tornava o ambiente motivante para a aprendizagem . Era importante nesse processo. Os alunos ficavam calmos, serenos. Era um recurso muito valioso para elevar a autoestima dos alunos.



VALORIZAÇÃO DA AUTOESTIMA DE TODOS

Havia barreiras que dificultavam que alunos aprendessem. Muitos alunos não conseguiam aprender porque eles traziam ideias de que eles não eram capazes, de que eles eram burros, de que eles não sabiam falar. Havia muitos professores que difundiam esse conceito.

Muitos alunos traziam ideias de que o que eles cantavam e a maneira como eles falavam era coisa de favelado. Muitos professores difundiam o preconceito à maneira do aluno cantar, dançar, se vestir e se expressar.

Muitos alunos tinham uma realidade difícil.




RESPEITO AOS ALUNOS E EDUCADORES
Eu procurava respeitar a vida de cada pessoa, ajudar cada pessoa a alcançar os seus objetivos e eu procurava tornar a aprendizagem significativa para o aluno.




MÚSICA ESTIMULANDO O CONTEÚDO E A MOTIVAÇÃO
Nesses 13 anos trabalhando com músicas na rede municipal de educação em Belford Roxo, eu observei que os alunos foram beneficiados porque eles participaram, interagiram, trouxeram músicas. A maioria gostava de escutar músicas.

As músicas traziam em si textos, poesia, motivo para dialogar, refletir, criar novos textos, interpretar. Contextualizavam palavras, verbos, artigos, nomes, pronomes, expressões, introduzia a gramática. Traziam para a aula emoção e inspiração.

As pessoas se emocionavam durante as aulas. Quanto mais usava o aparelho portátil mais via funções e benefícios.

A música por si só era importante para alunos com dificuldade de concentração e atenção.



Professora Leila Bonine da Escola Municipal São Bento dizia para alunos que eu era homossexual, que a Igreja Católica me condenava e por isso eu deveria ser excluída da escola



Na primeira escola em que eu trabalhei, a Escola Municipal São Bento, havia uma turma, a 502 do turno da tarde, que ninguém conseguia dar aulas nela porque os alunos eram muito bagunceiros, rebeldes, problemáticos em todas as outras matérias. Apenas nas minhas aulas eles estudavam efetivamente, permaneciam em sala de aula com um bom comportamento e não havia nenhuma ocorrência com indisciplina. Mesmo com o sucesso do uso do som em sala de aula, esse procedimento era visto com desdém pela professora Leila Bonine que era professora de história da turma 502. A professora Leila Bonine frequentemente invadia a minha aula bradando alto que assim do modo como eu trabalhava era muito fácil de dar aulas. Ela não se sentia bem porque os alunos não prestavam atenção na aula dela. Infelizmente também ela trabalhava aos berros e sob forte estresse com essa turma. Mas ela tinha preconceito comigo na escola porque ela dizia para alunos que eu era homossexual e a Igreja Católica me condenava. Apesar dos professores não ficarem confortáveis com a minha forma de trabalhar diferente, eu era muito elogiada pela orientadora educacional do turno da tarde Eliane. Ela sempre comentava que a forma como eu trabalhava elevava a autoestima dos alunos.

FOTO: professora Leila Bonine


A música aumentava o desempenho de alunos considerados difíceis pela escola e por outros professores, era um recurso interessante e privilegiado.

O texto falado, ouvido, cantado, declamado trazia o som das palavras que eram redigidas. Era um estímulo para emitir o som, para ler e pesquisar.




INDISCIPLINA ERA PROBLEMA CRÔNICO

Eu não queria tornar a escola um ambiente de perturbações. Eu acreditava que a escola era um momento único e importante na vida dos alunos. Muitos deles tinham poucas opções de lazer, de cultura.

Acontecia, tanto à tarde como à noite, dos alunos de outras turmas pedirem para ficarem nas minhas aulas. Eles se sentiam bem nesse ambiente e não se sentiam bem em outros.

Embora houvesse um grande número de ocorrências, brigas de alunos, confusões no ambiente escolar, eu não tive nenhuma ocorrência com indisciplina em todos esses anos.




FELICIDADE NA SALA DE AULA

Eu procurava tornar o ambiente favorável a aprendizagem. Isso era importante. Isso era um direito de todos.

Dentro desse ambiente violento, conflituoso, estressante, de indisciplina que existia mesmo não sendo admitido, nós tínhamos um momento na sala de aula para respirar , sentir a respiração , desestressar , e a partir do autoconhecimento trabalhar a saúde integral para o bem-estar pessoal e coletivo .


Havia funcionários que não concordavam com a minha opinião e a forma como eu trabalhava, mas devia haver o respeito. A professora Fátima de língua portuguesa da Escola Municipal Jorge Ayres de Lima disse que o trabalho dela não aparecia. Eu acredito que ela não devia ter se incomodado se o meu trabalho aparecia mais o que o dela. Ela era uma pessoa que tinha toda a possibilidade para superar o que incomodava a ela com a sua própria capacidade. Além disso, eu não precisava ser nem a melhor, nem a pior professora da escola. Isso era apenas uma circunstância.



A orientadora pedagógica da Escola Municipal Jorge Ayres induzia que os demais professores rejeitassem o meu trabalho. Ela dizia que se eu continuasse a ser bem-sucedida com esse método de ensino que todos os demais professores teriam que trabalhar dessa forma.
FOTO: PEDAGOGA CONCEIÇÃO

A orientadora pedagógica Maria da Conceição da Silva Pereira, chamada de Conceição,  dizia que se eu continuasse sendo bem-sucedida com esse método de ensino na Escola Municipal Jorge Ayres de Lima, todos os demais professores da escola municipal  teriam de trabalhar dessa forma, induzindo que os demais professores rejeitassem o meu trabalho. Esta orientadora pedagógica também manifestou preconceito comigo, ela me disse que eu tinha que sair da escola porque eu era transexual.

http://faizakhalida.blogspot.com.br/2008/07/gestores-educacionais-homofobia_13.html


Eu acreditava que cada professor devia trabalhava da forma como se sentia bem. Isso é que devia ser respeitado mesmo não havendo concordância. Precisava haver tolerância, principalmente entre profissionais da educação.



O diretor José Carlos Neto Filho da escola municipal Jorge Ayres de Lima era contra o meu uso do aparelho de som na escola. Ele me proibia também de ir trabalhar na escola usando saia ou vestido. Debochava da aparência da minha foto nos assentos funcionais da Secretaria de Educação de Belford Roxo e do nome masculino que me abalava, machucava e constrangia. Ele me tratava com discriminação, me fazia chacotas homofóbicas e transfóbicas até na frente dos alunos. Porém no dia em que o JORNAL O DIA esteve dentro da escola, fotografando e realizando entrevista durante a minha aula, repentinamente o diretor mostrava-se ter outro comportamento aparecendo na porta da sala de aula trazendo o meu aparelho de som portátil para que eu pudesse utilizá-lo. Para o jornalista ele nada comentou sobre o vestido que eu usava pela primeira vez na escola, que era uma PROIBIÇÃO e ainda declarou que ele iria fazer de tudo para que eu pudesse usar o meu nome social feminino nos diários de classe da escola.

José Carlos Neto Filho (mat. 11/05236) - Diretor e professor de história

A Secretária de Educação Maíses Rangel Suhett mandou ARQUIVAR um processo onde eu escrevi que o diretor José Carlos Neto Filho (mat. 11/05236) me fazia passar por CONSTRANGIMENTO, DISCRIMINAÇÃO na Escola Municipal Jorge Ayres de Lima. Ela determinou que eu refizesse o processo retirando o relato de que eu sofria PRECONCEITO como CONDIÇÃO para que eu pudesse receber meus pagamentos.











FOTO: SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO Maíses Rangel Suhett

Quando eu soube do sumiço do meu aparelho de som na Escola Municipal Jorge Ayres de Lima, eu fiquei muito abalada. Eu ainda tentei dar aulas usando expressões, vocabulário, exercícios retirados das músicas sem a música.


Diretor que me tratava com discriminação mandou eu passar a deixar o aparelho de som no armário da escola me garantindo que lá estaria seguro e logo após o aparelho sumiu.

Eu sempre deixei o aparelho de som na casa de pessoas da comunidade próximo da escola e nunca o  aparelho de som sumiu até que o diretor da escola José Carlos Neto conseguiu me persuadir a deixar o aparelho de som  dentro da escola. Ele insistiu muito até me convencer que eu deveria deixar o aparelho de som no armário da secretaria da escola e me garantiu que lá ele estaria seguro. Logo em seguida houve o roubo do aparelho de som na escola.

O diretor Neto se justificou dizendo que o aparelho não estava mais na secretaria da escola onde eu o tinha deixado, mas estava no armário da coordenadora da tarde Cássia Conceição Fernandes de Oliveira. A coordenadora Cássia Conceição Fernandes de Oliveira, para mim, disse que o aparelho de som sumiu dentro do armário dela porque alguém pegou o aparelho enquanto ela teria esquecido o armário aberto.

Apesar de haver na escola a prática sistemática de registro de ocorrências que aconteciam na escola, a  ocorrência do roubo do meu aparelho de som portátil dentro da escola municipal Jorge Ayres de Lima não foi realizada, ninguém sequer antes me avisou do ocorrido. Não houve nem o registro no livro de ocorrências, nem averiguação. Muitas ocorrências que ocorriam e outros fatos graves não eram registrados no livro de ocorrências.

Me informaram na escola municipal Jorge Ayres de Lima que uma ex-professora da noite, Ana Paula, teve um DVD roubado e também ficou por isso mesmo.

Me informaram também que cada professor do turno da tarde da escola municipal Jorge Ayres de Lima deu 10 reais para não trabalharem em um sábado de festa junina, já deixando o dinheiro total que deveria ser arrecadado com o trabalho na festa para a coordenadora Cássia Conceição Fernandes de Oliveira, e na segunda-feira  após a festa, o dinheiro sumiu de dentro do armário da coordenadora Cássia Conceição Fernandes de Oliveira e ficou por isso mesmo.

Uma pessoa que morava em frente à escola me disse que o carro do diretor Neto era um entra e sai da escola municipal Jorge Ayres de Lima cheio de sacos pretos dentro do carro. Segundo o morador, o próprio diretor Neto furtava coisas da escola que sumiam através do carro do diretor.

Infelizmente o meu aparelho de som foi roubado também ao mesmo tempo na outra escola municipal de Belford Roxo em que eu também trabalhava, na escola municipal Julio Cesar de Andrade Gonçalves. Eu também havia deixado o aparelho de som dentro de um armário na sala dos professores.

Minha mãe me convenceu a não comprar outros dois aparelhos de som para as duas escolas municipais porque eles iriam ser roubados e isso me aconteceria novamente.

Os registros e ocorrências feitos na escola da rede municipal de Belford Roxo não levavam em conta os danos que eu tinha e o que eu passava como o roubo dos meus dois aparelhos de som ao mesmo tempo nas 2 escolas municipais.

Outra ocorrência foi o dano da minha câmera digital que eu utilizava na escola municipal Jorge Ayres de Lima para tirar fotos com alunos da escola. Um rapaz da localidade entrou na escola só para isso e danificou a câmera bem na frente da orientadora pedagógica Conceição na sala dos professores, indo embora imediatamente após como se já tivesse cumprido o serviço encomendado.


IEDE

Usuária Faiza Khálida Fagundes Coutinho - "a pressão social e o constrangimento sofridos fizeram com que apresentasse sintomas de depressão, relatados pela psiquiatra no prontuário da usuária, e este fato a fez deixar de comparecer ao trabalho".




Eu fiquei muito abalada com o roubo dos meus dois aparelhos de som ao mesmo tempo nas duas escolas municipais em que eu trabalhava e todo esse contexto profissional. Eu estava me sentindo muito perseguida e sem condições de realizar as minhas atividades profissionais e isso contribuiu para piorar o meu quadro de desânimo, nervosismo, apatia e depressão.





















(Professora Faiza Khálida Fagundes Coutinho - Prefeitura Municipal de Belford Roxo, matrículas 5508 e 14725, Identidade 09089680-4, CPF 024114147-81)


Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo para sempre.




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1- Essas situações me levavam ao abatimento psicológico e mental que não eram consideradas.


2- Piadas, deboches, dramatizações caricatas sobre mim rolavam na minha frente ou não onde as pessoas se deleitavam.

3- A rejeição no ambiente de trabalho me causou quadro de depressão profunda em 2002 quando passei a usar medicação psicotrópica para conseguir lecionar nas escola municipais de Belford Roxo.

4- Em 2003 eu pedi em processo arquivado pela PROCURADORIA para que a Prefeitura Municipal de Belford Roxo custeasse um tratamento Psicológico e Psiquiátrico para mim por causa das situações de trabalho de preconceito,  mas eu não fui atendida. 





5- Orientadora se mobilizava para me tirar de escola municipal de Belford Roxo e me prejudicava. Vivia situação de exclusão e isolamento.

6- Em maio de 2008 a médica psiquiátrica verificou que dificilmente haveria SOLUÇÃO do meu QUADRO DE DEPRESSÃO porque NÃO HAVIA RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS SOCIAIS referentes ao meu trabalho que me estressavam.

7- Relatórios técnicos eram usados para me prejudicar mas não se relatava o preconceito que eu sofria.

8- Orientadora pedagógica contratada da Escola Municipal Jorge Ayres Maria da Conceição da Silva Pereira me ameaçou de morte, provocou inquérito administrativo disciplinar que me puniu e disse que eu tinha que sair da unidade escolar porque a Bíblia me condenava por ser transexual.

9- Mais um evento traumático comigo ficou impune devido ao meu estado de abatimento, apatia e inércia. Eu fui retirada à força de dentro do banheiro feminino da Prefeitura e jogada no chão da escada por aproximadamente 8 guardas-municipais a mando do subsecretário Paulo Allevato.







10- Procurador de Belford Roxo mentiu em processo dizendo que eu já havia recebido cópia quando não me foi permitido ter.


11- Relatório técnico de 2002 usado para me ameaçar e procedimento administrativo decorrente ocasionou problemas que nunca foram resolvidos.


12- Secretaria de Educação e Procuradoria Municipal de Belford Roxo abafavam o problema da discriminação.


13- Procurador de Belford Roxo LORIVAL ALMEIDA DE OLIVEIRA mentiu dizendo que eu havia recebido cópia de processo para ter como me defender. Na ESCOLA MUNICIPAL JORGE AYRES DE LIMA não me deram cópia de nada e de nenhum processo. Não me deixaram ler o processo ou tirar cópia dele. 

14- Funcionários públicos municipais de Belford Roxo desrespeitavam a identidade de gênero de transgêneros, travestis e transexuais.



















15- Em 2009, o subsecretário municipal de Educação de Belford Roxo Miguel de Sousa Ramiro que prometeu mandar a minha frequência pelo período coberto pelo LAUDO MÉDICO PSIQUIÁTRICO, 2 semanas depois disse para mim que havia esquecido de tudo inclusive do MEU LAUDO MÉDICO mediante a pressão do supervisor educacional, consultor e assessor jurídico Jorge Silva (mat. 54368). OFÍCIOS REFERENTES A MIM FORAM EXTRAVIADOS NA SEMED (secretaria municipal de educação de Belford Roxo).


16- A PREFEITURA MUNICIPAL DE BELFORD ROXO, A PROCURADORIA MUNICIPAL E A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO NUNCA ADMITIAM EM PUNIÇÃO, OCORRÊNCIA, RELATOS, RELATÓRIOS, PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS E INQUÉRITOS, INCLUSIVE OS QUE ME DEMITIRAM DEFINITIVAMENTE DO FUNCIONALISMO PÚBLICO MUNICIPAL, QUE EU ATRAVESSAVA TANTO UM PROCESSO BIOQUÍMICO DIÁRIO QUE AFETAVA  TODA A MINHA MENTE E TODO O MEU CORPO COMO TAMBÉM  ATRAVESSAVA UMA REALIDADE QUE ME CAUSAVA SOFRIMENTO.


17- O RELATÓRIO SOBRE O II CONSELHO DE CLASSE DE 2007 NA ESCOLA MUNICIPAL JORGE AYRES DE LIMA FEITO PELA ORIENTADORA PEDAGÓGICA CONCEIÇÃO COM O OBJETIVO discriminatório DE ME PREJUDICAR.


18- Procuradora de Belford Roxo DÉBORA FERNANDES CORDEIRO PINTO (matrícula 80/28.585) também ligada a igreja evangélica recusou por 2 vezes o meu pedido de readmissão. FOI CURTA E GROSSA. NÃO COMENTOU SOBRE O LAUDO MÉDICO APRESENTADO. NÃO SE INTERESSOU EM AVERIGUAR O QUADRO PSIQUIÁTRICO. NÃO FEZ REFERÊNCIA AOS PROBLEMAS SOCIAIS E AO PRECONCEITO NO TRABALHO. IGNOROU TUDO SIMPLESMENTE.


19-  Não condene alguém com transtorno bipolar com sintomas psicóticos no mundo do trabalho. É o que eu posso ensinar às pessoas para que o mundo seja um pouco melhor  diante do quadro em que eu vivi no meu emprego de professora concursada e efetiva da Prefeitura Municipal de Belford Roxo.



20- Folha 03 do Processo 04/002061/03 - Diretora Vera e orientadora pedagógica Fátima da Escola Municipal São Bento sacanearam a professora Faiza Khálida mentindo em relatório técnico de 2002 dizendo que ela não entregou o planejamento.




21- O PROCESSO ADMINISTRATIVO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE BELFORD ROXO NÚMERO 04/002743/03 - Assunto: PROVIDÊNCIAS POR DISCRIMINAÇÃO - Data: 07/10/2003 - Era desrespeitada no exercício da minha função, dava aulas sendo chamada de viado, discriminada, me jogavam terra. Fiquei perturbada, fragilizada, desorientada, com os nervos pronto pra explodir, paranoica, EM DEPRESSÃO com as pessoas que ficavam me chamando de Xxxxxxxxx debochando da minha sexualidade.








22- Processo Administrativo 04/001497/03 - Data 04/06/2003 - HOMOFOBIA - " Tem muita gente que tem ódio de homossexual e o preconceito é muito grande nas escolas. É um ambiente doentio. Eu sendo professora não aguentei. Fui humilhada muitas vezes. Me disseram que eu teria de ser perfeita se quisesse continuar a ser professora ".











24- Em 1/10/2005 o Jornal O DIA informava na sua reportagem que eu havia começado a tomar hormônios em 2002 e a fazer procedimentos como o laser, que eu enfrentava um processo transexualizador e que eu necessitava inclusive da adequação burocrática e administrativa. O jornal O DIA também informava que eu fazia acompanhamento com psicólogos e tomava remédios como calmantes e antidepressivos por determinação médica.


25- Fui demitida nas 2 matrículas em 2010.  




26- Praticamente todos na Prefeitura Municipal de Belford Roxo sabiam que eu lutava contra um preconceito que impactava a minha saúde psicológica e mental. A administração Pública de Belford Roxo se fez de cega.O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER.


27- Psicólogo do programa Rio Sem Homofobia esteve na Procuradoria de Belford Roxo explicando o meu adoecimento, nem assim houve reconhecimento, avaliação ou consideração  do meu quadro de doença descritos em laudos médicos e psicológicos.


28- Extravio de ofício e processo na Secretaria de Educação referente a professora em processo transexualizador Faiza Khálida.


29- Processo Judicial número 0004742-25.2012.8.19.0008 se encontra na segunda Vara Cível de Belford Roxo desde 02/03/2012.



30- A violência de gênero, o assédio moral, a desvalorização do magistério e o constrangimento no trabalho em Belford Roxo são realidades. O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Tudo isso também leva a Educação Municipal de Belford Roxo para o último lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) na Baixada Fluminense.


31- Esclarecendo a minha incapacidade laborativa e social no meu trabalho na Prefeitura de Belford Roxo.

Calar-se diante de uma injustiça não é ser da Paz. É ser omisso.