sexta-feira, 1 de julho de 2011

DISCRIMINAÇÃO : Estudantes homossexuais são vítimas de homofobia no alojamento da UFRJ, no campus do Fundão. "Eu já sou obrigado a conviver com um viado morando em frente, e ainda colam coisas de viado na minha porta!". - Ele diz para eu tomar cuidado, pois os oito caras mais fortes do alojamento estão do lado dele. Chego a ficar sem forças. Fui atingido na minha moral. E já aconteceu algo parecido com o estudante de Letras Delano de Souza. Segundo ele, em abril, o aluno de Matemática Thiago José da Silva Barbosa de Paula tentou arrombar a porta do seu quarto e entrou aos berros de "Viado filho da puta, eu vou te matar!", devido a um problema em seu ar-condicionado. De início, ele me tratava bem, mas, quando ficou sabendo que eu era gay, falou que não era obrigado a ter amizade com viado. Desde esse dia, passou a me perseguir. Mesmo com o processo, ele continua me perseguindo, me intimidando e acuando. Não quero ganhar dinheiro dele. Só quero distância. Representante discente no CEG, a estudante de Serviço Social Deise Pimenta já ouviu outras histórias de violência no alojamento : Um menino gay bateu por engano na porta de outro, que lhe quebrou o braço. As pichações estão na parede até hoje, mas Vera Lucia Aguiar, diretora do alojamento há 18 anos, diz desconhecer qualquer caso de homofobia no local. Rosélia Magalhães, diretora substituta da Divisão de Assistência Estudantil (DAE) ... isso acontece todos os dias dentro e fora da faculdade

O GLOBO



E já aconteceu algo parecido com o estudante de Letras Delano de Souza. Segundo ele, em abril, o aluno de Matemática Thiago José da Silva Barbosa de Paula tentou arrombar a porta do seu quarto e entrou aos berros de "Viado filho da puta, eu vou te matar!", devido a um problema em seu ar-condicionado. Delano prestou queixa na 37ª DP (Ilha do Governador), os dois foram chamados para uma audiência de conciliação, mas não houve entendimento.

-  . Uma vez, me deu um tapa, mas os seguranças impediram a briga - conta Delano. - Não aceitei a conciliação por medo de ele fazer alguma coisa pelas minhas costas. Mesmo com o processo, ele continua me perseguindo, me intimidando e acuando. Não quero ganhar dinheiro dele. Só quero distância.




Ela se refere ao tempo em que a ala masculina era dividida em Caverna do Dragão, onde ficavam os homofóbicos, e Castelo de Cristal, parte que abrigava os homossexuais. As pichações estão na parede até hoje, mas Vera Lucia Aguiar, diretora do alojamento há 18 anos, diz desconhecer qualquer caso de homofobia no local.

Responsável pela seleção, permanência, renovação e saída dos moradores do alojamento, ela afirma que seria preciso que o caso chegasse a instâncias superiores na universidade para que houvesse alguma punição. Belkiss Valdman, pró-reitora de graduação, explica que precisa de um documento formal que aponte os acusados para abrir uma sindicância e apurar o ato:

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