sexta-feira, 1 de julho de 2011

TÉCNICO EM MANUTENÇÃO ALERTOU PARA RISCOS NO PARQUE TERRA ENCANTADA. DENÚNCIA FOI ENCAMINHADA À DEFESA CIVIL E CREA EM FEVEREIRO DE 2009. Ele pediu demissão por discordar da 'canibalização dos equipamentos'. ELES DISSERAM QUE O INVESTIMENTO ERA MUITO ALTO E QUE NÃO PRECISAVA , JÁ QUE TUDO ESTAVA LIBERADO PARA FUNCIONAR. No Crea não aceitaram notificação verbal. UMA MULHER DE 61 ANOS MORREU.

G1 / GLOBO VÍDEOS
Técnico em manutenção alertou para riscos no parque Terra Encantada
Denúncia foi encaminhada à Defesa Civil e Crea em fevereiro de 2009.
Ele pediu demissão por discordar da 'canibalização dos equipamentos'.





Um ano depois, em fevereiro de 2010, o Crea informou que foi feita uma fiscalização em todos os brinquedos do parque Terra Encantada. Na época, o Ministério Público do Rio recebeu uma denúncia de falta de manutenção no local, mas nenhuma irregularidade foi encontrada.

Já a Defesa Civil municipal informou que, embora o engenheiro Luís André Moreira Alves, coordenador técnico do órgão, tenha recebido o documento - fato atestado com a assinatura do funcionário no documento e um carimbo do órgão - a ocorrência não foi localizada. O G1 tentou contato com o parque Terra Encantada, mas ninguém atendeu no telefone da empresa.

“Não concordava com a canibalização dos equipamentos, a forma irresponsável que estavam tratando a segurança e a manutenção dos brinquedos. Os equipamentos estavam funcionado com material desgastado porque não queriam comprar peças de reposição”, afirmou o técnico em entrevista ao G1. Ele pediu demissão da empresa depois de trabalhar por mais de 10 anos como supervisor do parque, segundo ele, por discordar sobre como era feita a manutenção.


“Na época, cheguei a pedir aos meus amigos que não levassem seus filhos naquele parque. Falei: vai acabar morrendo alguém e isso vai virar um pesadelo na minha vida”, disse, lembrando que, há cinco anos um homem caiu da mesma montanha-russa que matou a auxiliar de cozinha Heydiara Lemos Ribeiro, no fim de semana. Ele ficou gravemente ferido, após despencar de uma altura de 4 metros, mas sobreviveu.


Segundo o técnico, depois do acidente ele chegou a sugerir que instalassem cintos nos equipamentos, já que a trava não oferecia segurança para os usuários. “Eles disseram que o investimento era muito alto e que não precisava, já que tudo estava liberado para funcionar”, afirmou. “Colocaram cintos só no Cabhum”.

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