Alerj comprova má conservação de escolas da
Baixada Fluminense, além de gatos de água e luz
Deputados foram alertados após denúncia feita por reportagem do R7
Tainá Lara, do R7 | 25/05/2011 às 08h40Gatos de água e luz, prédios caindo aos pedaços, violência e muitos outros problemas.
Esse é o cenário encontrado todos os dias pelos estudantes da rede municipal na Baixada Fluminense, no Estado do Rio de Janeiro. A Comissão de Educação da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) constatou a precariedade durante uma visita na última sexta-feira (20) a duas escolas de Belford Roxo e uma em Nova Iguaçu, ambas na baixada. A vistoria aconteceu após uma reportagem do R7, que denunciou o mau estado das escolas. O relatório da visita mostra que na Escola Municipal Pedro Antonio, em Belford Roxo, a luz e a água são clandestinas. Além disso, a água está contaminada, já que o reservatório fica sobre um banheiro e acontece a mistura com esgoto. Além dos gatos, foi constatada a falta de conservação do prédio. Também falta um refeitório adequado. Os 340 alunos são obrigados a comer do lado de fora, em ambiente improvisado. Em 1993, o muro caiu e a escola foi interditada pela Defesa Civil e logo depois, fechada. O prédio foi reaberto em 2005, sem obras ou reparos e, em 2010, foi novamente interditado, mas continua funcionando. A construção é muito antiga, mal conservada e com muitas infiltrações nas salas. Numa delas, o teto ameaça cair. O relatório mostra ainda que há um muro separando a escola e a comunidade, que fica na parte mais elevada. O muro tem aberturas para escoamento da água das chuvas voltadas para a parte interna da escola, que fica constantemente alagada.
Na Escola Municipal Adelina dos Santos Purcino, em Belford Roxo, que possui 1.100 alunos, os deputados também encontraram condições precárias. A escola foi comprada em 2010 e trabalha hoje com muitos materiais emprestados do antigo colégio particular.
A cozinha funciona na cantina, um espaço muito pequeno, e não há refeitório. As crianças maiores precisam comer em um pátio coberto e as menores nas próprias salas de aula. Para resolver esse problema, uma das propostas da Semed (Secretaria Municipal de Educação) é construir um novo refeitório no local onde existe uma piscina interditada, mas o espaço é muito pequeno.
Todo o material da escola, como provas e documentos, é confeccionado, já que a mesma não possui xerox e nem computador ou impressora. Oito professores estavam sem receber salários desde março.
Violência e salas emprestadas
Próximos passos
O presidente da Comissão de Educação da Alerj, o deputado Comte Bittencourt (PPS), informou que é importante fazer um raio-x do dinheiro repassado pelo Estado.
- É inadmissível que em pleno século 21, na região metropolitana do Rio, existam cenários como esses encontrados nas escolas. É impossível aprender dessa maneira.
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