sexta-feira, 1 de julho de 2011

A máfia dos fiscais de São Paulo. Demônios de São Paulo. Funcionários da prefeitura recebiam propina de camelôs para permitir o trabalho ilegal. PARTE DO DINHEIRO ERA EMBOLÇADO POR VEREADORES.




MAFIOSOS DO INFERNO DE SÃO PAULO

Assassinado um dos camelôs que denunciaram máfia dos fiscais de SP.
Afonso José da Silva levou três tiros à queima-roupa nos fundos do salão do sindicato. O assassino saiu sem levar nada.

Foi assassinado um dos camelôs que denunciaram a máfia dos fiscais de São Paulo. E a polícia suspeita que Afonso José da Silva tenha sido vítima de uma execução.


No domingo, a descontração, numa festa infantil. Três dias depois, o encontro com o assassino. Afonso José da Silva, presidente do Sindicato dos Camelôs, sempre temeu que isso acontecesse.


Ainda hoje eu continuo recebendo ameaças de morte, continuo sendo perseguido. Onde quer que eu esteja, eu me sinto inseguro”.


Essa declaração foi feita em 1999, sete meses depois que Afonso denunciou a chamada máfia dos fiscais. Funcionários da prefeitura que recebiam propina de camelôs para permitir o trabalho ilegal.

Parte do dinheiro era embolsado por vereadores, não demorou muito e Afonso sofreu um atentado, mas não se intimidou. Dois anos atrás, ele ajudou a desarticular outra máfia de fiscais na Zona Leste da cidade.


Afonso José da Silva estava nos fundos do salão do sindicato, onde ocorreu o velório, quando um homem entrou armado dizendo que queria dinheiro. Apesar de ter anunciado um assalto, ele deu três tiros à queima-roupa no sindicalista e saiu sem lavar nada. Afonso foi levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.



Os amigos dizem que o motivo das ameaças era briga pelo poder. “Ameaça de morte em função de disputa política pelo controle do sindicato”, afirmou Alcides Amazonas, amigo de Afonso.
 No mês passado, mais uma denúncia: Afonso acusou um sindicalista concorrente de extorquir dinheiro de camelôs por pontos de venda.


“As informações preliminares aqui no local dão conta de alguma questão ligada aos camelôs, autorização para por banca”, declarou a delegada Elisabete Sato.

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