sexta-feira, 1 de julho de 2011

ABSURDO !!!!!!! ALUNO DO 5 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL LÍDER DO GRÊMIO ESTUDANTIL MORREU SEGURANDO UM LÁPIS NA SALA DE AULA . ELE PARTICIPOU DE REPORTAGEM DO JORNAL O GLOBO REDIGINDO O PROBLEMA DA VIOLÊNCIA . Pelo menos 30 crianças assistiam a uma aula de matemática, quando ouviram os primeiros tiros. " Eu vi o aluno caído no chão ". " Eu vi a poça de sangue " . Pais e moradores fizeram um protesto e colocaram fogo em pneus perto da escola, que ficou fechada no turno da tarde. “Menino com um lápis na mão. Ele faleceu com um lápis na mão direita, um lápis preto na mão”. Os pais do menino passaram a tarde inteira no Instituto Médico Legal. O corpo do menino só foi liberado no início da noite. Para eles, ficou a lembrança de um garoto alegre, inteligente e que gostava muito de estudar. O Ciep já teve três alunos atingidos anteriormente por balas perdidas nos arredores da escola . Uma das vítimas, o aluno Paulo Gustavo Barros, de 12 anos, morreu na frente da irmã quando seguia à escola. O menino justificava seu medo em um texto de quatro linhas, carregadas de erros de português . " A morte do menino na sala de aula é inaceitável " . " - O impacto de um episódio dessa gravidade sobre as crianças é muito grande ".

PAI NOSSO QUE ESTAIS NO CÉU
SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME
VENHA A NÓS O VOSSO REINO
SEJA FEITA A VOSSA VONTADE
ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU
O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE
PERDOAI-NOS AS NOSSAS OFENSAS
ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO
NÃO NOS DEIXEI CAIR EM TENTAÇÃO
MAS LIVRAI-NOS DO MAL.
AMÉM.


JORNAL NACIONAL
Edição do dia 16/07/2010

Menino de 11 anos é atingido por bala perdida e morre no Rio
Wesley Guilber de Andrade foi socorrido, mas não resistiu. O comandante do batalhão da PM responsável pela operação foi exonerado.
“Menino com um lápis na mão. Ele faleceu com um lápis na mão direita, um lápis preto na mão”.

O GLOBO
O MEDO NA ESCOLA

Aluno do 5 ano do ensino fundamental, ele foi uma das crianças ouvidas pelo JORNAL GLOBO em maio, durante a série de reportagens "O x da questão - Rascunhos do Futuro", que citaram a violência como o maior problema da região onde vivem. Wesley, o pequeno sãopaulino e líder do grêmio estudantil no Ciep, morreu segurando um lápis.


AS RESPOSTAS do pequeno Wesley no questionário elaborado pelo GLOBO para a série ?O x da questão?: entre erros de português, a criança revelava o medo provocado pelas constantes trocas de tiros na comunidade de Costa Barros, na Zona Norte / Reprodução

O Ciep já teve três alunos atingidos anteriormente por balas perdidas nos arredores da escola . Uma das vítimas, o aluno Paulo Gustavo Barros, de 12 anos, morreu na frente da irmã quando seguia à escola. O Ciep Rubens Gomes foi uma das dez escolas municipais onde repórteres de O GLOBO atuaram como voluntários por dois meses para elaborar a série do GLOBO, publicada em junho passado.

Wesley e outros 78 alunos do Ciep apontaram em questionário a violência, os tiroteios e as balas perdidas como maior problema da região, totalizando 80,4% dos pesquisados. Foi o maior índice entre as escolas avaliadas entre os meses de abril e maio passados. No questionário com quatro perguntas, elaboradas pelos jornalistas, o menino justificava seu medo em um texto de quatro linhas, carregadas de erros de português:
- Porque os tiros matão (sic) muita gente e calsão (sic) muitas confusões e brigas calsadas (sic) pelos tiros.

Nesta sexta-feira, por volta das 9h30m, Wesley e outros 30 estudantes, com idades entre 10 e 12 anos, assistiam a uma aula de matemática na turma 1.502 quando o menino foi atingido no peito por um tiro durante um confronto entre policiais do 9 BPM (Rocha Miranda) e traficantes das comunidades da Pedreira e Quitanda. Segundo testemunhas, policiais sem uniformes da PM teriam atravessado a passarela sobre a linha férrea em frente ao Ciep, que faz ligação com um trecho do Morro da Pedreira.
Wesley estava próximo à janela que fica a uma distância de menos de 200 metros do morro, quando teve início a intensa troca de tiros. Alguns alunos deitaram no chão, orientados pela professora. Nesse momento, o menino caiu ferido entre outros estudantes, causando histeria nas salas de aula. No turno da manhã estudam cerca de 500 crianças no Ciep, que atende diariamente 1.278 alunos e teve as aulas suspensas após o episódio.
O menino foi socorrido pela diretora, com ajuda de professores e funcionários. Levado num carro particular ao Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, ele morreu ao chegar à emergência. A confirmação da morte deixou em estado de choque alunos, professores e a diretora da unidade, Rejane Pereira, que teve que ser atendida por médicos.
A morte de Wesley gerou revolta entre pais de alunos, professores, funcionários e moradores das duas comunidades.
Um grupo ateou fogo a pneus e pedaços de madeira, interditando o tráfego na Avenida José Arantes de Melo por meia hora. O trânsito só foi liberado após a chegada do blindado da PM. Observados pelos manifestantes, policiais retiraram o material que estava em chamas, liberando o tráfego.
Em meio à ação dos policiais, moradores e pais de alunos acusavam os PMs de terem chegado à comunidade, alguns deles sem uniformes, atirando:
- Eu estava voltando da escola, depois de levar minha filha, quando vi um grupo de homens vestidos com camisas pretas. Todos armados com fuzis. Eles chegaram atirando, pensei que fosse uma invasão de um grupo rival, quando vi uma patrulha do outro lado da pista. Eles atiraram do alto da passarela, não se importaram com as crianças que estavam estudando logo na frente, onde ficam as salas com janelas voltadas para o morro - contou a mãe de uma das alunas.
Os pais de Wesley foram informados sobre a morte do menino pela direção da escola. O casal chegou ao Hospital Carlos Chagas ainda pela manhã, onde recebeu acompanhamento de assistentes sociais da Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos. De lá, foram levados ao IML. O enterro do aluno será realizado neste sábado, às 11h, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte.
A secretária de Educação do município, Claudia Costin, disse, em sua página no Twitter, que a morte do menino na sala de aula é inaceitável . O Ciep é uma das 150 Escolas do Amanhã, unidades da rede municipal situadas em áreas de risco que recebem reforço escolar.
Segundo Claudia Costin, na próxima segunda-feira uma equipe do Programa Interdisciplinar de Apoio às Escolas Municipais (Proinape) - composta por psicólogos e assistentes sociais - irá ao Ciep para acompanhar alunos, pais e professores:
- O impacto de um episódio dessa gravidade sobre as crianças é muito grande, e precisamos acompanhar isso de perto - disse a secretária.
Equipes da Divisão de Homicídios (DH) realizaram perícia na sala de aula e recolheram a bala que atingiu o menino. O projetil de calibre 7.62 é compatível com Fuzil Automático Leve (FAL), usado pela PM. Segundo policiais da unidade, os fuzis usados pelos PMs durante a operação já foram requisitados para elaboração de exame de confronto balístico no Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).
A Polícia Civil divulgou também uma nota em que afirma que agentes da DH foram ao Ciep para fazer "uma minuciosa perícia para investigar as circunstâncias em que o estudante de 11 anos morreu, após ser baleado, e de onde partiu o disparo. A Polícia Civil só vai se pronunciar sobre o caso após a conclusão do inquérito".
Leia todas as matérias da série 'Rascunhos do Futuro': no JORNAL O GLOBO !

SENHOR JESUS PELA SUA DOLOROSA PAIXÃO
TENHA MISERICÓRDIA DE NÓS E DO MUNDO INTEIRO !

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo para sempre.

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