Um terço dos moradores de Belford Roxo vive com meio salário
A realidade socioeconômica de Belford Roxo é um
pesadelo para 37,7% de seus moradores. Estudo da Casa Fluminense, que se
dedica a discutir a Região Metropolitana do Rio, mostra que, de seus
3,6 milhões de habitantes na Baixada Fluminense, 1.213.297 vivem abaixo
da linha da pobreza, com renda de até meio salário mínimo. Desses,
507.640 (42,2%) sobrevivem com até 25% do salário. A pesquisa tem como
base o Censo 2010, do IBGE, quando o salário mínimo era de R$ 510 —
atualmente é de R$ 724. Já a definição da linha de pobreza baseia-se nos
critérios do governo para a concessão de benefícios sociais.
Segundo a autora do estudo, a doutora em Economia e professora da UFRJ
Valéria Pero, o caminho para que os índices sejam revertidos é árduo.
Além de reforçar a qualificação na formação do trabalhador através de
cursos técnicos, é necessário um pesado investimento na educação de
base, a descentralização dos polos econômicos e a criação de uma
governança metropolitana, que olhe a região como um todo, e não os
municípios isoladamente.
“Só a integração dessas frentes apontará caminhos para solucionar a
questão”, diz Pero. Para efeito de comparação, no município do Rio a
taxa de pobreza é de 20,9%. No Estado, ela vai a 26% — puxada pela
Baixada.
Japeri dispara como o município com o pior índice: quase metade da
população (45,9%) sobrevive com até meio salário — 43.830 pessoas. Entre
essas, 19.193 (20,1%) só contam com até 1/4 do salário. Já
em Belford Roxo, dos 469.332 moradores, 176.938 vivem abaixo da linha
da pobreza (37,7%), dos quais 73.685 (15,7%) são considerados
indigentes.
“É um círculo vicioso. A inserção precária no mercado de trabalho
compromete a renda. A falta de qualificação de mão de obra, por sua vez,
está ligada à carência de investimentos na educação”, explica Henrique
Silveira, coordenador da Casa Fluminense. Na análise de Henrique, não
basta abrir novas indústrias na Baixada Fluminense. “Como os moradores
não têm qualificação, o empregador vai buscar a mão de obra fora”,
conta. “E os habitantes locais acabam vendendo pão de queijo na porta
para os que vêm de fora.” Ele prega a busca de consenso entre os novos
projetos que se instalam na região e os moradores. “É preciso que estas
indústrias dialoguem com a população do entorno e encontrem meios de
inseri-la.”
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo para sempre.
Japeri dispara como o município com o pior índice: quase metade da
população (45,9%) sobrevive com até meio salário — 43.830 pessoas. Entre
essas, 19.193 (20,1%) só contam com até 1/4 do salário. Já
em Belford Roxo, dos 469.332 moradores, 176.938 vivem abaixo da linha
da pobreza (37,7%), dos quais 73.685 (15,7%) são considerados
indigentes.
“É um círculo vicioso. A inserção precária no mercado de trabalho
compromete a renda. A falta de qualificação de mão de obra, por sua vez,
está ligada à carência de investimentos na educação”, explica Henrique
Silveira, coordenador da Casa Fluminense. Na análise de Henrique, não
basta abrir novas indústrias na Baixada Fluminense. “Como os moradores
não têm qualificação, o empregador vai buscar a mão de obra fora”,
conta. “E os habitantes locais acabam vendendo pão de queijo na porta
para os que vêm de fora.” Ele prega a busca de consenso entre os novos
projetos que se instalam na região e os moradores. “É preciso que estas
indústrias dialoguem com a população do entorno e encontrem meios de
inseri-la.”
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo para sempre.
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