O DIA RIO
http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2009/8/saida_de_frei_revolta_fieis_29807.html
Saída de frei revolta fiéis
Moradores de Araruama tentam convencer Igreja a manter religioso que revolucionou a comunidade
Rio - Ele transformou uma capela perdida dentro de um matagal, em Araruama, em um polo de cidadania com serviços médicos, creche e pré-vestibular, e assistência social que virou referência na cidade.
Há três anos na Capela de Nossa Senhora Aparecida, no bairro Bananeiras, o frei Edielson Oliveira da Cunha, 42 anos, está dizendo adeus.
A Arquidiocese de Niterói vai transferi-lo. A decisão revoltou fiéis. Ontem, 300 homenagearam-no naquela que pode ser a última missa dominical dele ali.
A mudança está prevista para quinta-feira. A pedido do frei, fiéis não protestaram diante da igreja, às margens da Rodovia Amaral Peixoto. Mais de 50 faixas e cartazes foram estendidos dentro do rincão onde ele celebrou a missa. “Queremos nosso padre aqui”, dizia uma delas. O local, com capacidade para mais de mil pessoas, foi erguido por ele com ajuda de voluntários. Emocionado, o frei não deu entrevistas, mas agradeceu no altar: “Nós deixamos sementes, mas a missão ainda é grande. Sou grato às pessoas que trabalharam como voluntários”. A comunidade reuniu 5 mil assinaturas em 4 dias. O apelo para que o rodízio de padres não inclua Frei Edielson deverá ser levado hoje ao arcebispo de Niterói, Dom Frei Alano Maria Pena. “Se ele está fazendo um bom trabalho, outro poderá fazer também. Ele fez voto de obediência para se dedicar à Igreja e não para fazer trabalho nessa ou naquela comunidade”, respondeu o padre Leandro Freire, da Comunicação da Arquidiocese de Niterói. “O frei resgatou a comunidade para a Igreja. Há pessoas que hoje só a frequentam por causa dele. E de repente, segunda-feira, nós somos informados que ele vai ter que sair. Há pessoas aqui que deixaram o vício por causa dele”, indigna-se o comerciante Janelson Aguiar, 57 anos. Frei Edielson mobilizou empresários, comerciantes e voluntários para construir quadra poliesportiva, escola de Educação Infantil e pré-vestibular, farmácia e ambulatório com pediatra, psicólogos, dentistas, nutricionistas e terapeuta e criou uma pastoral de assistência social, que distribui cestas básicas a 150 famílias. Alguns vêm de outras cidades para ajudar, como o pediatra Sérgio Cariello, que, aos sábados, sai do Méier para atender no ambulatório, que recebe 30 pacientes por semana, de graça: “Faço isso por causa do trabalho do frei Edielson”. “Vamos lutar para que continue em Araruama”, protesta a professora Vera Regina Ferreira Ramalho, 45 anos.
http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2009/8/saida_de_frei_revolta_fieis_29807.html
Saída de frei revolta fiéis
Moradores de Araruama tentam convencer Igreja a manter religioso que revolucionou a comunidade
Rio - Ele transformou uma capela perdida dentro de um matagal, em Araruama, em um polo de cidadania com serviços médicos, creche e pré-vestibular, e assistência social que virou referência na cidade.
Há três anos na Capela de Nossa Senhora Aparecida, no bairro Bananeiras, o frei Edielson Oliveira da Cunha, 42 anos, está dizendo adeus.
A Arquidiocese de Niterói vai transferi-lo. A decisão revoltou fiéis. Ontem, 300 homenagearam-no naquela que pode ser a última missa dominical dele ali.
A mudança está prevista para quinta-feira. A pedido do frei, fiéis não protestaram diante da igreja, às margens da Rodovia Amaral Peixoto. Mais de 50 faixas e cartazes foram estendidos dentro do rincão onde ele celebrou a missa. “Queremos nosso padre aqui”, dizia uma delas. O local, com capacidade para mais de mil pessoas, foi erguido por ele com ajuda de voluntários. Emocionado, o frei não deu entrevistas, mas agradeceu no altar: “Nós deixamos sementes, mas a missão ainda é grande. Sou grato às pessoas que trabalharam como voluntários”. A comunidade reuniu 5 mil assinaturas em 4 dias. O apelo para que o rodízio de padres não inclua Frei Edielson deverá ser levado hoje ao arcebispo de Niterói, Dom Frei Alano Maria Pena. “Se ele está fazendo um bom trabalho, outro poderá fazer também. Ele fez voto de obediência para se dedicar à Igreja e não para fazer trabalho nessa ou naquela comunidade”, respondeu o padre Leandro Freire, da Comunicação da Arquidiocese de Niterói. “O frei resgatou a comunidade para a Igreja. Há pessoas que hoje só a frequentam por causa dele. E de repente, segunda-feira, nós somos informados que ele vai ter que sair. Há pessoas aqui que deixaram o vício por causa dele”, indigna-se o comerciante Janelson Aguiar, 57 anos. Frei Edielson mobilizou empresários, comerciantes e voluntários para construir quadra poliesportiva, escola de Educação Infantil e pré-vestibular, farmácia e ambulatório com pediatra, psicólogos, dentistas, nutricionistas e terapeuta e criou uma pastoral de assistência social, que distribui cestas básicas a 150 famílias. Alguns vêm de outras cidades para ajudar, como o pediatra Sérgio Cariello, que, aos sábados, sai do Méier para atender no ambulatório, que recebe 30 pacientes por semana, de graça: “Faço isso por causa do trabalho do frei Edielson”. “Vamos lutar para que continue em Araruama”, protesta a professora Vera Regina Ferreira Ramalho, 45 anos.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo para sempre.
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