RODRIGO RANGEL ( O ESTADO DE SÃO PAULO )
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,empreiteira-pagou-dois-imoveis-para-familia-sarney-em-sp,419402,0.htm
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BLOG DE RICARDO NOBLAT / O GLOBO
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2009/08/15/familia-sarney-usa-em-sp-apartamentos-de-empreiteira-214504.asp
Família Sarney usa em SP apartamentos de empreiteira
Há três décadas, a família Sarney tem como endereço cativo em São Paulo o edifício Solar de Vila América, situado na alameda Franca, nos Jardins.
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Família Sarney usa em SP apartamentos de empreiteira
Há três décadas, a família Sarney tem como endereço cativo em São Paulo o edifício Solar de Vila América, situado na alameda Franca, nos Jardins.
Até 2006, era um apartamento apenas. Hoje, além do apartamento número 82, comprado em 1979, a família tem à sua disposição outras duas unidades.
Os apartamentos 22 e 32 foram comprados há três anos. São usados pelos Sarney, mas estão registrados em nome de uma empreiteira, que cuidou da negociação e pagou os imóveis.
A empreiteira é a Aracati Construções, Assessoria e Consultoria Ltda, cujo dono é o empresário Rogério Frota de Araújo, amigo dos filhos do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
A Aracati – cuja razão social foi formalmente alterada para Holdenn Construções, Assessoria e Consultoria – tem hoje como principal nicho de negócio o setor elétrico, conhecido feudo dos Sarney no governo federal.
Há dois anos, a empresa começou a atuar em projetos de construção de usinas termelétricas. Apesar de pequena e desconhecida, é um caso de sucesso em seus negócios no ramo de energia.
APARTAMENTOS PRA FAMÍLIA: NO 22 MORA O NETO DO SARNEY; NO 32, ABRIGA CONVIDADOS E HOSPEDA FAMÍLIA E ASSESSORES E O PRÓPRIO SARNEY.
Num dos apartamentos, o 22, mora um neto do presidente do Senado, Gabriel José Cordeiro Sarney, filho do deputado Zequinha Sarney .
O outro apartamento, o 32, costuma abrigar assessores e convidados dos Sarney, mas também hospeda a família.
Em junho passado, por exemplo, foi utilizado pelo próprio senador José Sarney.
BLOG RICARDO NOBLAT (O GLOBO)
RODRIGO RANGEL (O ESTADO DE SÃO PAULO)
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Como foram comprados os aptos. da família Sarney: OS APARTAMENTOS FORAM COMPRADOS POR UMA EMPREITEIRA
O economista Felipe Jacques Gauer, de 46 anos, conta que, assim que decidiu vender o apartamento 22, após mudar de São Paulo para a capital gaúcha, foi contatado por um neto de Sarney. Foi José Adriano, filho mais velho do deputado Zequinha, quem o procurou, por telefone. Estava interessado em comprar o imóvel.
"Ele (José Adriano) me fez algumas perguntas e disse que uma pessoa dessa empresa, a Aracati, iria me procurar para acertar a compra do apartamento".
Tudo aconteceu conforme o neto de Sarney combinou. Dias depois, Gauer foi procurado por Maria Rosane Frota Cabral, irmã e sócia de Rogério Frota na Aracati. "Percebi que, por alguma razão, não queriam que o sobrenome Sarney aparecesse na história", diz o economista.
Maria Rosane acertou de encontrar Felipe Gauer pessoalmente para fechar a compra. Em 20 de fevereiro de 2006, os dois viajaram para São Paulo. Ela saiu de Brasília, onde mora, e ele, de Porto Alegre.
A pedido de Rosane, se encontraram no Aeroporto de Congonhas. O negócio foi sacramentado no saguão: a sócia da Aracati levara ao aeroporto um escrevente do cartório de Sorocaba, interior paulista, e a escritura, que já estava pronta, foi assinada ali mesmo.
"Ela (Rosane) ligou para o banco e mandou fazer a transferência do pagamento. Telefonei para a minha gerente e, assim que recebi a confirmação de que o dinheiro tinha caído em minha conta, assinei a escritura", conta Gauer.
Indagado se não estranhou a maneira atípica como se deu a transação, o economista respondeu: "Eu achei estranho, mas estava precisando vender o apartamento".
Fechado o negócio, o próprio José Adriano, que aparecera no noticiário recente como dono de uma empresa que intermediava crédito consignado no Senado, passou a morar no apartamento.
À época, José Adriano trabalhava em São Paulo. Depois que ele se mudou para Brasília, o apartamento ficou por conta do irmão, Gabriel. Um apartamento no prédio vale, hoje, cerca de R$ 300 mil.
A história da compra do outro apartamento, o de número 32, é semelhante. Deu-se dez meses depois, em dezembro de 2006. A venda foi feita pelo empresário Sidney Wajsbrot, 43 anos, dono de uma fábrica de plásticos em Guarulhos, e pela mulher dele, a psicóloga Liza Heilman.
Wajsbrot contou que, antes mesmo de pôr o apartamento publicamente à venda, foi procurado pelo zelador do prédio. "Ele me disse que o senador Sarney estava procurando um apartamento, que ele já tinha dois apartamentos no prédio e queria um terceiro, para um assessor dele", afirmou o empresário.
A partir do contato do zelador, o próprio Rogério Frota apareceu para tratar do negócio. Primeiro, fez uma visita para conhecer o apartamento.
Na hora de fechar a compra, a exemplo do que ocorrera na aquisição do apartamento 22, foi a irmã de Rogério Frota, Rosane, quem viajou de Brasília para São Paulo a fim de resolver.
Novamente, estava acompanhada de um funcionário do cartório de notas de Sorocaba. Ela veio com o rapaz do cartório, trouxe um cheque nominal, da empresa, e assinamos a escritura", diz Wajsbrot. "Legalmente, o nome dele (Sarney) não aparece."
Moradores e funcionários do condomínio Solar de Vila América acham que a família Sarney é proprietária de três apartamentos no prédio: o 82, desde 1979 em nome de Fernando Sarney, e os dois comprados e registrados em 2006 pela empreiteira de Rogério Frota.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo para sempre.
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