sábado, 6 de maio de 2017

Encontro de Padre Fabio de Melo com Luana Muniz, mesmo sofrendo duras represálias e com fiéis torcendo o nariz, despertou um momento de reflexão na sociedade: O preconceito é mesquinho e vergonhoso. “Quando Deus coloca essas pessoas diante de nós, é para desmoronar os castelos de ilusão que nós criamos dentro”, disse o padre. "A COROA DE DIGNIDADE DE LUANA MUNIZ QUANDO ELA ALIMENTAVA O PRÓXIMO, CUIDAVA DE QUEM ESTAVA DOENTE E DAVA DE COMER. ELA MORAVA NA LAPA E CRIOU UM GRUPO QUE ALIMENTAVA E RECOLHIA TODOS OS MISERÁVEIS DAQUELA REGIÃO. DAVA BANHO, ALIMENTAVA, NÃO TINHA NOJO DE NINGUÉM, FAZIA DE TUDO PARA AQUELA PESSOA RETORNAR A VIDA E SE TORNAVA UMA ESPÉCIE DE VIGILANTE PROTEGENDO OS MORADORES. O preconceito e o medo de se expor é uma coisa horrorosa". A travesti Luana Muniz morreu, aos 56 anos, na manhã deste sábado no Rio após complicações de problemas renais e de coração decorrentes de uma pneumonia bilateral. Ativista LGBT, ela estava em coma há uma semana no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari. Lição muito grande de vida: "A coisa mais odiosa na religião é quando a religião é usada para que se sinta melhor que os outros por ser diferente e não entrar dentro do padrão. A ignorância me fez chamá-la de ele e sentir a rejeição dela dentro de mim. Nós religiosos temos dificuldades por causa da hipocrisia que nos impede de chegar no coração das coisas. Jesus optou por estar ao lado de pessoas que a sociedade rejeitaria". Na hora em que eu vi que eu a rejeitava e não era capaz de amá-la, eu me senti fracassado como cristão. Eu nunca na minha vida tenho o direito de me sentir melhor do que ninguém. Nada deveria ser um impasse para acolher o outro como ele é. A primeira coisa que diz em nós é o nosso olhar. Não adianta eu dizer seja bem-vinda se isso não diz em nosso olhar. Ninguém se sentia rejeitada quando Jesus olhava".

TRAVESTI QUE FICOU FAMOSA POR FOTO COM PADRE FABIO DE MELO MORRE AOS 56 ANOS
A travesti Luana Muniz morreu, aos 56 anos, na manhã deste sábado no Rio após complicações de problemas renais e de coração decorrentes de uma pneumonia bilateral. Ativista LGBT, ela estava em coma há uma semana no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari. 
Teve grande repercussão o seu encontro com o padre Fabio de Melo na quadra da Mangueira em 2015. Na época, o religioso, durante um testemunho, admitiu seu preconceito e reconheceu seu erro ao julgar Luana, que comandava um projeto social na Lapa, onde vivia. “Quando Deus coloca essas pessoas diante de nós, é para desmoronar os castelos de ilusão que nós criamos dentro”, disse o padre.
Lorna Washington, 55, afirmou que a polêmica com o padre possibilitou um momento de reflexão na sociedade. “Foi um despertar espiritual para o padre que sofreu duras represálias“.

Relebre depoimento emocionado de padre Fabio:

“Semana passada eu vivi uma situação. A Alcione me convidou para estar no aniversário dela, lá na quadra da Mangueira... Fiquei lá por uma hora mais ou menos... Mas o que me chamou a atenção foi uma travesti que estava lá. Posso confessar uma coisa para vocês? Quando eu vi, ela estava olhando para mim (pausa). E olha que eu não sei ficar sem graça... Mas sabe o que me ocorreu? Vou confessar publicamente a minha hipocrisia: ‘Meu Deus do céu, se essa moça pedir para tirar uma foto comigo? Como que eu vou reagir?’(pausa). Independente de qualquer julgamento, estou confessando a hipocrisia do meu coração naquela hora. Muitas pessoas começaram a se encorajar para tirar foto comigo. E ela (a travesti) lá do fundo olhando. Quando, de repente, eu só vi a sombra dela na minha direção, e o meu preconceito, o medo de me expor, tudo vindo à tona. Que coisa horrorosa isso em nós... Como se eu fosse melhor. Isso é mesquinho, é vergonhoso o que eu estou dizendo pra vocês”.
“Aí ela veio, com um vestido longo e falou pra mim: 'O senhor costuma tirar fotos com pecadoras?'. E eu percebi que tinha uma ironia ali. E eu respondi: mas é claro! E abracei ela e tiramos a foto. Antes de sair, ela disse: ‘eu não acredito que o senhor permitiu’. E os olhos dela estavam emocionados. Assim que ela saiu, Maria Helena, a irmã da Alcione, me contou a história. Ela disse que ela mora na Lapa e criou um grupo que alimenta e recolhe todos os miseráveis daquela região. Ela dá banho, alimenta, não tem nojo de ninguém. E faz de tudo para aquela pessoa retornar à vida. E não é só isso. Ela torna-se uma espécie de vigilante, protegendo os moradores...”
“Quando ela me contou aquela história, eu comecei a unir as coisas dentro de mim. Eu não entro no mérito da questão da vida que ele leva, vamos deixar que Deus faça isso. Não sou síndico da Eternidade. Agora, que é um tapa na cara da gente, é!”.
“Aquela que você enxerga e que, naturalmente, provoca um desconforto por ser tão diferente de nós, não sabemos quantas coroas da dignidade foram recolocados na vida daquela pessoa quando ela alimenta o próximo. Você é cristão e nem sempre está disposto a cuidar de quem está doente, colocar dentro da sua casa e dar de comer”.
Lição muito grande de vida:
"A coisa mais odiosa na religião é quando a religião é usada para que se sinta melhor que os outros. Por ser diferente e não entrar dentro do padrão. A ignorância me fez chamá-la de ele e sentir a rejeição dela dentro de mim. Nós religiosos temos dificuldades por causa da hipocrisia que nos impede de chegar no coração das coisas. Jesus optou por estar ao lado de pessoas que a sociedade rejeitaria". Na hora em que eu vi que eu a rejeitava e não era capaz de amá-la, eu me senti fracassado como cristão. Eu nunca na minha vida tenho o direito de me sentir melhor do que ninguém. Nada deveria ser um impasse para acolher o outro como ele é. A primeira coisa que diz em nós é o nosso olhar. Não adianta eu dizer seja bem-vinda se isso não diz em nosso olhar. Ninguém se sentia rejeitada quando Jesus olhava".
Louvado O Senhosr Jesus Cristo para sempre.

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