quinta-feira, 11 de maio de 2017

SÍNDROME DO PEQUENO PODER - "Se quiser saber como uma pessoa é, coloque-a numa posição de poder". As pessoas que amam os pequenos poderes e não sabem lidar com eles provocam nas pessoas ao seu redor: frustração, desmotivação, nenhuma vontade de colaboração. Isso é muito frequente nas empresas e os subordinados não têm pra onde fugir. Em muitos casos eles agem como MATADORES DE ALUGUEL, seu papel é aniquilar e assim quem o ordenou não precisa fazer o trabalho sujo e ainda continua parecendo o bonzinho da história. Gente que fazia questão da vírgula, do capricho, de não responder na hora, mesmo que pudesse, e até de ser cruel em decisões, tudo porque detinha o poder e então fazia o que queria da rotina das pessoas em seu entorno. Algumas pessoas, assim que acabaram de ganhar um cargo novo ou de serem promovidas, ficam tão afoitas com a novidade que saem cometendo erros atrás de erros. O sujeito fará questão de tudo que puder fazer, vai mandar e desmandar, vai dar uma de inacessível, vai sambar na cara de quem ele puder, tudo porque não sabe lidar com o poder que lhe foi dado. Aqueles que perceberem o que acontece serão vistos como neuróticos e exagerados, mas a verdade é que eles estão vendo tudo acontecer sob seus narizes, como quando se assiste uma novela e não se entende como é possível o vilão deitar e rolar e ninguém perceber ou fazer nada. Se o poder lhe subir à cabeça, tenha certeza de que você estará caminhado para o lado oposto da liderança. Sabe por qual motivo? Porque liderança não é ter uma personalidade magnética, tambám não é "fazer amigos e influenciar pessoas". Liderança é levantar a visão das pessoas a níveis elevados, aumentar o desempenho delas, dar autonomia. Um líder consegue compreender os diferentes perfis, estágios de desenvolvimento e maturidade dos membros do seu time e consegue adequar sua forma de abordagem de cada um deles para extrair sua melhor performance. Um líder compreende que o mundo e o ambiente em que sua organização se encontra está em constante transformação e, dessa forma, avalia os impactos que estas mudanças têm em seu negócios e sobre as pessoas. Um líder identifica continuamente as melhores formas de engajar as pessoas a desempenhar com excelência. Isso quer dizer que não há espaços para os episódios de síndrome do pequeno poder acontecerem, porque o líder não quer deter o poder, ele quer mais é distribuir, colaborar, dar autonomia.

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Flavia Gamonar

A síndrome do pequeno poder, de acordo com a psicologia, é uma atitude de autoritarismo por parte de um indivíduo que, ao receber um poder, o usa de forma absoluta e imperativa, sem se preocupar com os problemas periféricos que possa vir a causar.


E é por isso que aquele provérbio iugoslavo faz tanto sentido, "se quiser saber como uma pessoa é, coloque-se a numa posição de poder".


Há alguns dias eu presenciei uma cena desta síndrome em um ambiente que eu imaginava que não veria isso acontecer. Há quase dois meses eu comecei a fazer cross fit, uma atividade pesada, com exercícios que precisamos aprender o nome e o jeito certo de fazer aos poucos. Na turmas, encontra-se gente de todo perfil, desde os que querem ser atletas e levam a sério, até os sedentários que cansaram da manjada academia de ginástica e querem algo novo. Bem, eu sou ativa, mas não quero ser atleta e para mim a atividade física é algo que faço para cuidar da saúde e entrar em forma e procuro respeitar meus limites, porque não quero exagerar, nem me lesionar.


Em uma destas aulas notei que o professor era novato, não era aquele didático com quem eu já estava acostumada. Logo de início notei sua inexperiência, mas até aí tentamos relevar, afinal, quem nunca passou por um começo de carreira? Mas os problemas, ou melhor, a síndrome do pequeno poder começou a se revelar nos minutos seguintes.


Talvez fosse novidade para aquele professor o fato de ter turmas para mandar e desmandar. Diferente de todos os outros professores que não puniam atrasos de alguns minutos, com ele, se alguém atrasasse um minuto já era obrigado a "pagar burpees", um exercício que lhe faz descer e subir ao chão rapidamente algumas vezes e que é considerado chatinho. Um verdadeiro clima de quartel.


Não contente com a ordem, fez com que toda a turma caminhasse com o quadril baixo, exigindo bastante dos joelhos mais do que deveria. Persisti, apesar de não estar gostando da aula. Mas o ápice do pequeno poder em ação ocorreu quando ao fazer um alongamento nos braços, aquele professor veio até mim e forçou o movimento, me empurrando para trás e em seguida pegando em minha pulseira e dizendo algo do tipo "tá fazendo o quê de pulseira no treino?", me deixando sem graça perante a turma, me fazendo sentir que era uma criança, extrapolando os limites em sua relação como professor ao se dirigir a um aluno. A idade dele? Provavelmente uns oito anos a menos que eu, ou seja, tato nenhum em lidar com alunos. Tenho trinta e dois anos e sei meus limites e ele precisa entender que professor não pode ser apenas bom tecnicamente.


O que eu senti depois disso? Vontade de nunca mais fazer aulas com ele. Vontade até mesmo de parar de treinar. E é exatamente isso o que as pessoas que amam os pequenos poderes e não sabem lidar com eles provocam nas pessoas ao seu redor: frustração, desmotivação, nenhuma vontade de colaboração.


Este é só um exemplo da síndrome do pequeno poder em ação e felizmente, neste contexto eu tenho condições de evitar aquele professor e mudar de horário. Mas infelizmente, isso é muito frequente nas empresas e os subordinados não tem pra onde fugir.


Diversas vezes conheci gente que fazia questão da vírgula, do capricho, de não responder na hora, mesmo que pudesse, e até de ser cruel em decisões, tudo porque detinha o poder e então fazia o que queria da rotina das pessoas em seu entorno.


Algumas pessoas, assim que acabaram de ganhar um cargo novo ou de serem promovidas, ficam tão afoitas com a novidade que saem cometendo erros atrás de erros. O sujeito fará questão de tudo que puder fazer, vai mandar e desmandar, vai dar uma de inacessível, vai sambar na cara de quem ele puder, tudo porque não sabe lidar com o poder que lhe foi dado.


Em muitas situações, vai aprender jeitinhos de fazer o que quiser debaixo dos panos, de modo que aqueles que perceberem o que acontece serão vistos como neuróticos e exagerados, mas a verdade é que eles estão vendo tudo acontecer sob seus narizes, como quando se assiste uma novela e não se entende como é possível o vilão deitar e rolar e ninguém perceber ou fazer nada.


Para o sujeito que agora faz questão do poder, a crença é de que com isso cresce cada vez mais. Que chega mais perto do que considera sucesso e que só colherá bons frutos. Mas a grande verdade é que apenas o contrário vai acontecer. Assim como o nome da síndrome - do pequeno poder, tudo o que ele vai conseguir é se diminuir cada vez mais, isso porque em sua frente as pessoas até poderão respeitá-lo, se forem obrigadas a isso, mas em suas costas dirão coisas horríveis e o evitarão a todo custo. Felizmente, cedo ou tarde o mundo dará sua reviravolta habitual e o sujeito que antes era o poderoso se tornará tão queimado no mercado, que nada mais poderá fazer para corrigir ou apagar os anos em que esteve jogando com peças como se elas fossem suas marionetes.


Os abusados, nem sempre podem fazer algo, principalmente quando a instituição fecha os olhos para o acontecimento. Já reparou que existem diretores, CEO´s, donos, que adoram sujeitinhos como estes? É porque eles são ávidos pelo status e adoram bajular quem é estratégico e vivem bajulando seus superiores e levando ao conhecimento deles apenas o que lhe interessa, estrategicamente. E também porque em muitos casos eles agem como matadores de aluguel, seu papel é aniquilar e assim quem o ordenou não precisa fazer o trabalho sujo e ainda continua parecendo o bonzinho da história.


Se o poder lhe subir à cabeça, tenha certeza de que você estará caminhado para o lado oposto da liderança. Sabe por que? Porque liderança não é ter uma personalidade magnética, tampouco "fazer amigos e influenciar pessoas". Liderança é levantar a visão das pessoas a níveis elevados, aumentar o desempenho delas, dar autonomia. É a construção de uma personalidade além de suas limitações, como diria o maior pensador em gestão, Peter Drucker.


O livro "FLAPS, liderança Adaptágil", de João Marcelo Furlan, ressalta que um líder consegue compreender os diferentes perfis, estágios de desenvolvimento e maturidade dos membros do seu time e consegue adequar sua forma de abordagem de cada um deles para extrair sua melhor performance. Ele compreende que o mundo e o ambiente em que sua organização se encontra está em constante transformação e, dessa forma, avalia os impactos que estas mudanças tem em seu negócios e sobre as pessoas se sua equipe, adaptando sua visão e comunicação de forma à nova situação, identificando continuamente as melhores formas de engajar as pessoas a desempenhar com excelência diante destas novas condições. Isso quer dizer que não há espaços para os episódios de síndrome do pequeno poder acontecerem, porque o líder não quer deter o poder, ele quer mais é distribuir, colaborar, dar autonomia.


Se você tem feito questão dos pequenos poderes que lhe foram dados, cuidado com o que tem construído para você mesmo sem perceber. E se você tem sido vítima, tudo que eu desejo é que isso acabe logo, porque o mundo já está cheio de gente carrasca dando ordens.


Louvado O Senhor Jesus Cristo para sempre.

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