sexta-feira, 16 de outubro de 2015

DESRESPEITO À POPULAÇÃO TRANS E TRAVESTIS NA CLÍNICA DA FAMÍLIA DO RIO DE JANEIRO. O MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO NÃO TEM RESPEITO A IDENTIDADE DE GÊNERO.

Bárbara Aires chegou hoje, dia 16/10/2015, pela manhã às 11:25, na Clínica da Família do Catete e foi se cadastrar. Ela estava precisando se consultar em algumas especialidades.

Como a Bárbara divide o apartamento, ela não tem o comprovante de residência. Na reunião que a Bárbara teve com o Secretário de Saúde, Daniel Soranz, quando ela questionou sobre os casos das travestis e pessoas trans nessa situação, ele informou que não era necessário.

O agente de saúde não quis cadastrar a Bárbara. Ela informou ao agente sobre a orientação

O agente de saúde deve cadastrar o usuário e posteriormente fazer uma visita para confirmar o endereço.

A Bárbara Aires informou ao agente sobre a orientação que o Secretário de Saúde Daniel deu a ela e o agente simplesmente deu de ombros e disse, "É O PROCEDIMENTO". A Bárbara ligou para o Daniel e ele orientou o agente, que então cadastrou a Bárbara. A Bárbara achou que os problemas tinham se resolvido.

Um outro agente que estava na sala contava para os outros agentes presentes uma história de uma usuária, aparentemente UMA PESSOA TRANS, se referindo a ela como TRAVECÃO, TRAVECO, VIADO, e tratando de ELE o tempo todo.

Já com a Bárbara, o agente que a cadastrava, em momento algum perguntou a ela como ela gostaria de ser chamada, e não solicitou o seu nome social para o seu cartão, fazendo-o somente com o nome civil.

Houve 3 graves tratamentos inadequados.

É importante que todos saibam a não obrigatoriedade do comprovante de residência. Pra isso existem os agentes comunitários de cada região.

Os termos usados as pessoas trans foram desrespeitosos e não houve o uso do nome social. Isso foi DESRESPEITO.

Imediatamente a Bárbara informou o ocorrido na administração, Kátia e Pedro Henrique. A Bárbara também fez por escrito de próprio punho, e realizou denúncias na Ouvidoria do Ministério Público, 127. Além de demorar mais de 30 minutos, a atendente ainda tentou seduzir a Bárbara para não denunciar. A Bárbara denunciou também no 1746, que é da prefeitura, e levou 20 minutos. O prazo são 20 dias e 5 dias úteis, respectivamente.

A Bárbara também ligou na CEDS, 2976-9137, e informou o ocorrido, irão recebê-la na segunda-feira para oficializar a denúncia.

Qualquer desrespeito em órgãos públicos ou por agentes públicos DEVE SER DENUNCIADO. Não se intimidem por ninguém, nem por órgão algum. Não se amedrontem. É preciso denunciar para mudar essa realidade preconceituosa.

Os fatos ocorreram no CMS Manoel Jose Ferreira.

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
PARA SEMPRE SEJA LOUVADO


Um comentário:

  1. (Hugo Vargas): "Daqui a pouco pra ser atendida, a pessoa já vai ter que chegar com staff jurídico e secretariado nos locais".

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