terça-feira, 1 de julho de 2008

O suicídio era um pensamento diário. Os remédios que eu tomava e as dosagens eram fortes mas não acabaram com esse pensamento. (Professora Faiza Khálida - Prefeitura Municipal de Belford Roxo - matrículas 5508 e 14725)

Trabalhando no município de Belford Roxo, eu sentia que eu era julgada pela sociedade, nas opiniões das pessoas, pelos conceitos religiosos e morais que eram contra a orientação sexual homossexual e a identidade de gênero.



FORMULÁRIO DE REFERÊNCIA DO CENTRO PSIQUIÁTRICO RIO DE JANEIRO CONSTA DE DIVERSOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS DA PROFESSORA FAIZA KHÁLIDA DO ANO 2003

 "Queixa-se muita cefaleia, insônia, muito agressiva, chora com facilidade, VONTADE DE SE MATAR, tristeza"







Tanto antes, como depois do evento cirúrgico que eu me submeti em dezembro de 2004 eu sentia este julgamento. Os julgamentos de cada pessoa com relação ao que se passava comigo, com as minhas intimidades eram expostos publicamente no ambiente de trabalho. Eu me tornava cada vez mais feminina e sentia que era motivo da diversão e condenação dos outros.

28/10/2008
Eu percebia piadas, deboches, dramatizações caricatas sobre mim que rolavam na minha frente ou não onde pessoas se deleitavam.

PROCESSO 04/3977/06 DE 20/10/2006
"DIRETOR ME FEZ PASSAR INÚMEROS CONSTRANGIMENTOS USANDO BRINCADEIRAS RIDÍCULAS PERANTE AS PESSOAS"




As pessoas emitiam as suas opiniões sobre mim. Muitos me classificavam como homossexual, que eu gostava de usar calcinha, que eu me dedicava a prática do sexo anal durante toda a minha vida, que a minha existência era condenada pelas Igrejas e pela Bíblia.

24/10/2005
Procurador José Domingos Lucena diz que professora Leila Bonine deve ler lei punindo a discriminação homofóbica porque ela dizia na escola para alunos que eu deveria ser afastada da escola porque a Igreja Católica me condenava por ser homossexual.



Trabalhando sendo atingida por objetos, terras, sendo xingada, alvo de chacotas, piadas, risos e situações profissionais de desprezo, assédios e perseguições no trabalho me levou a perder a vontade de estar viva.
















Essa depressão ía se desenvolvendo em parte sem eu perceber que ela se evoluía em mim, me tirava o ânimo de trabalhar, de enfrentar aquelas realidades hostis, eu sentia até medo de passar pelas situações onde eu me sentia constrangida, sem contar as ameaças de morte.

DECLARAÇÃO MÉDICA
"A Sra. Faiza Khálida apresentava nesta ocasião 20/08/2007 tristeza, falta de prazer nas atividades, choro fácil, irritabilidade, impaciência com os alunos, insônia, ansiedade, cefaleias frequentes e dificuldades para cumprir suas tarefas no trabalho" USO DE MEDICAÇÃO PSICOTRÓPICA





A falta de querer viver era cada vez mais presente. Não era pelo fato de eu ser considerada transexual pela nomenclatura médica, mas porque a minha identidade era condenada por religiosos, pessoas religiosas nas escolas que abriam o livro da Bíblia e se dedicavam a me mostrar que eu era uma pecadora e a minha existência era contra a vontade de Deus. 


PROCESSO 04/1497/03
PREFEITURA DE BELFORD ROXO
"Fui humilhada muitas vezes. Tem muita gente que tem ódio de homossexual e o preconceito é muito grande nas escolas. Eu sendo professora não aguentei. É um ambiente doentio".


Eu sempre amei a Deus com todas as minhas forças e sentimentos, não queria de forma nenhuma desagradá-lo e se minha existência era contra a sua vontade, a vida tinha perdido o sentido para mim.

CAPS DE DUQUE DE CAXIAS
Médica Psiquiátrica do SUS solicita tratamento para professora Faiza Khálida em 17/07/2003. O documento consta de vários processos administrativos de 2003 na Prefeitura Municipal de Belford Roxo.



A minha atitude no meu trabalho era levar o bem as pessoas, mas eu não aceitava o preconceito comigo, com alunos, com pais de alunos, com pessoas das comunidades, com colegas de trabalho. Isso me irritava, me indignava, me descontrolava.

PROCESSO 04/2743/03
"Fiquei perturbada, fragilizada, desorientada, com os nervos prontos pra explodir, paranoica, em depressão com as pessoas que ficavam me chamando de viadinho debochando da minha sexualidade"


Havia sempre esse dilema: procurar estar bem com as pessoas ou ter que enfrentá-las nas suas atitudes preconceituosas e nisso eu sempre saía mais machucada dessas atitudes porque no final era um "viado", "um homem que virou mulher" e isso era considerado ser uma pessoa menor e mais vulnerável perante a sociedade.

13/10/2008
REGISTRO DE OCORRÊNCIA 59 DP DUQUE DE CAXIAS
"Eu fui retirada a força de dentro do banheiro feminino e jogada no chão da escada na Prefeitura por 8 guardas-municipais a mando do subsecretário Paulo Allevato. Eu fiquei no chão com o vestido suspenso, a minha bolsa também foi jogada no chão aberta. O meu dinheiro, moedas e todas as outras coisas ficaram espalhadas pelo chão. Eu chorava muito, me senti mais uma vez humilhada perante todo mundo que passava e via aquela situação comigo. Eu estava toda suja com a calcinha à mostra".




Eu não queria me ver naquela realidade, fazer parte daquela realidade, não aceitava as dificuldades que eu atravessava dentro daquela realidade, não aceitava os julgamentos que as pessoas faziam de mim, as pregações religiosas condenatórias que eu escutava. Eu acumulava marcas em mim de tudo o que eu havia vivido.

DESDE 2003 MÉDICOS RELATAM POUCA MELHORA COM MEDICAÇÃO PSICOTRÓPICA QUE EU TOMAVA


Eu não queria dar lição de moral a ninguém. Não queria provar nada para ninguém. Mas isso me era exigido constantemente. Eu tinha que ser a melhor sempre para continuar sobrevivendo e fingir que nada daquilo me abatia porque a demonstração de fragilidade fazia que a hostilidade aumentasse.

17/07/2003
HISTÓRICO DE ADOECIMENTO PSÍQUICO
Sintomas psiquiátricos com quadro relato no trabalho de professor em Belford Roxo

Havia uma situação de muita vulnerabilidade perante a sociedade por aqueles que desejavam o meu mal. Qualquer erro meu, fato negativo, fracasso, fraqueza tornava-se em motivo para eu ser prejudicada diferentemente de outros profissionais. Eu ser homossexual ou transexual era um motivo que bastava para se ter  apoio da parte da sociedade que ostentava uma imagem de excelente conduta moral e religiosa e não desejava  ter suas reputações arriscadas por defender alguém nessa condição não aceita por igrejas e pastores.

 2002
"Diretora e orientadora pedagógica mentiram sobre mim em relatório enviado a Secretaria de Educação"


Eu me sentia mal no meu trabalho pelas questões sociais veladas ou não, pela falta de aceitação da minha condição sexual ou de gênero. Eu sentia que isso existia. As pessoas tinham um julgamento que eu deveria aceitar essa realidade opressiva porque era eu que havia optado por viver essa realidade, por ter feito essa escolha. Na opinião das pessoas eu havia feito uma escolha. Para a sociedade a minha chamada transexualidade era uma opção minha e eu deveria aguentar as consequências.




 "_Ela já sofreu muito, sofre até hoje e não merece". (Jornal Extra 2008)


As pessoas me diziam que o mundo é assim e discrimina as pessoas transexuais, que ao contrário de outros casos especiais, onde o mundo se adapta para que as condições sociais atendam as necessidades dessas pessoas, para quem é transexual ocorre o contrário. O mundo, a sociedade, as pessoas, ou pelo menos naquela realidade eu ouvia que tinha que aguentar as consequências pelos meus atos, talvez para que isso desencorajasse outras pessoas, talvez porque o ser humano é perverso e deseja o mal do seu semelhante, deseja ver o outro infeliz.


 "Eu só quero ter paz no trabalho" (Faiza Khálida, Jornal Extra 2008)



Eu tinha amigos, tinha pessoas que gostavam de mim e me respeitavam, mas junto a isso eu percebia um uma mobilização contrária para que isso deixasse de acontecer, havia uma articulação contra a minha aceitação social pelas pessoas. Sempre tinha esse movimento contrário ao respeito social que eu lutava para ter e merecia ter como qualquer outra pessoa.

2003
PROCESSO ARQUIVADO PELA PROCURADORIA MUNICIPAL DE BELFORD ROXO
"Peço que a Prefeitura Municipal de Belford Roxo custeie para mim um tratamento psicológico e psiquiátrico, pois sei que não me encontro mais, depois de tudo isso, no meu senso normal e em condições de desempenhar as minhas funções. Inúmeras as vezes em que chorei e que passo meus dias lembrando e relembrando esses tristes episódios que não consigo mais tirá-los daminha cabeça sentindo um vazio muito grande. Por Jesus Cristo preciso de ajuda médica"



Outra coisa que eu vivenciava era um desprezo e omissão dentro do próprio movimento LGBT. Eu  procurava ser defendida por entidades, ONGs LGBTs, mas eu senti que havia ligações políticas dentro do próprio movimento LGBT, havia luta pelo poder no meio LGBT, líderes LGBTs não queriam perder seus cargos dentro do governo como representantes LGBTs e existia falta de união e solidariedade no meio LGBT.

"Proibição de eu usar saia ou vestido na escola municipal de Belford Roxo"


Por terem os seus empregos dentro do governo, ligações e pretensões políticas, eu sentia que líderes LGBTs  não lutavam contra o preconceito que eu passava porque isto acontecia dentro do próprio governo.





Eu sentia que quando eu me encontrava fragilizada eu era vista com desconfiança, com desprezo e com pouca vontade de ser ajudada por Representantes LGBTs. Mas quando eu apareci na mídia como em jornais eu era assistida com interesse pelo MEIO LGBT.

POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL LGBT DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
"Reconhecimento dos efeitos sobre a saúde da discriminação por orientação sexual e por identidade de gênero que determinam formas de adoecimento e sofrimento em decorrência do preconceito e do estigma social de transexuais, travestis, transgêneros, gays, lésbicas e bissexuais."
 


Eu percebi que o movimento LGBT não lutava pelas pessoas LGBTs muitas vezes. Mas lutavam muitas vezes para falarem pelas pessoas LGBTs e representá-las para apunhalá-las pelas costas, para servir como moeda de troca em busca de benefícios pessoais e políticos. Isso era parte da realidade que eu vivia e cada vez mais aumentava a minha certeza de que eu não era deste mundo.

SAÚDE DA POPULAÇÃO LGBT
UMA QUESTÃO DE CIDADANIA


O suicídio era um pensamento diário. Os remédios que eu tomava e as dosagens eram fortes mas não acabaram com esse pensamento. Pode ser que um dia a depressão e as condições sociais me levem sim ao suicídio, mas eu não posso me arrepender de falar a verdade sobre quem eu era e de ter feito essa  cirurgia perante as acusações que me fazem.

"A população LGBT encontra-se em situação de vulnerabilidade com relação à garantia de direitos humanos básicos como direito à saúde"
 



Tristeza

"A minha alegria de viver se foi
Tenho medo de querer morrer
Tenho medo porque nada vale a pena
Tudo são caminhos sofridos
Um instante longe do que sonhei
O que sonhei causa a ira do mundo
E o que o mundo me impõe é a dor
Sofrer é passagem do meu caminho
Lidar com a dor é o instante
que não existe
Eu fico com o pensamento
Eu fico comigo até não querer mais
Até quem sabe eu tenha coragem de me matar
Pois a morte ronda meu caminho
As vezes em que eu me encho de vida"




As pessoas queriam muito que eu declarasse que eu me arrependia de ter feito a cirurgia que eles chamavam de mudança de sexo porque essa cirurgia não me trouxe a felicidade. A minha felicidade foi amar os alunos quando eu conseguia trabalhar e poder ter feito bem a eles, era quando eu sentia que Deus agia através de mim. Eu sentia que Deus não me condenou por ter feito esse procedimento cirúrgico porque eu senti a presença de Deus por todo o período em que eu estive realizando a cirurgia de sexo. O meu sofrimento era reflexo da depressão que eu sentia e do que eles chamavam transexualidade, mas não porque eu era assim e tinha feito a cirurgia. O meu sofrimento era pela falta de aceitação social, intolerância, maldade e preconceito.

IEDE

Usuária Faiza Khálida Fagundes Coutinho - "a pressão social e o constrangimento sofridos fizeram com que apresentasse sintomas de depressão, relatados pela psiquiatra no prontuário da usuária, e este fato a fez deixar de comparecer ao trabalho".



 
(Professora Faiza Khálida Fagundes Coutinho - Prefeitura Municipal de Belford Roxo, matrículas 5508 e 14725, Identidade 09089680-4, CPF 024114147-81)

Bendito é o preciosíssimo sangue do Senhor Jesus Cristo.

Jesus é o caminho.

Louvado seja o Senhor Jesus Cristo para sempre.




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1- Secretaria de Educação e Procuradoria Municipal de Belford Roxo me puniram por escrever nos diários de classe que tinha fortes dores de cabeça na escola e que a escola para mim era um lugar de traumas emocionais e profissionais.


2- Havia descaso com meu estado psicológico e mental.


3- A vontade de me matar começou em 2002 quando fui ameaçada de ruína pela subsecretária de educação de Belford Roxo após anos sofrendo homofobia em escola municipal.


4-  Em processo administrativo de 2003 arquivado pela PROCURADORIA eu pedi socorro e registrei "que inúmeras vezes me encontrava chorando e relembrando esses tristes episódios no trabalho que não conseguia mais tirá-los da minha cabeça sentindo sintomas psiquiátricos  pedindo em nome do Senhor Jesus Cristo ajuda médica e psicológica ".


5- Relatório técnico sobre meu desempenho em 2002 me trouxe danos  profissionais e pessoais.


6- Segunda parte - sobre danos gerados por relatório técnico de 2002.


7- Nova ameaça de morte em escola em 2007 piorou meu quadro psicológico e mental.


8- Roubo dos meus 2 aparelhos portáteis que eu utilizava para dar aulas contribuiu para meu estado de abatimento, desânimo, desmotivação e depressão.


9- Procuradores de Belford Roxo não levavam em conta meu estado mental.


10- Em maio de 2008 a médica psiquiátrica verificou que dificilmente haveria SOLUÇÃO do meu QUADRO DE DEPRESSÃO porque NÃO HAVIA RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS SOCIAIS referentes ao meu trabalho que me estressavam.


11- Mais um evento traumático comigo ficou impune devido ao meu estado de abatimento, apatia e inércia. Eu fui retirada à força de dentro do banheiro feminino da Prefeitura e jogada no chão da escada por aproximadamente 8 guardas-municipais a mando do subsecretário Paulo Allevato.


12- Procurador de Belford Roxo LORIVAL ALMEIDA DE OLIVEIRA mentiu dizendo que eu havia recebido cópia de processo para ter como me defender. Na ESCOLA MUNICIPAL JORGE AYRES DE LIMA não me deram cópia de nada e de nenhum processo. Não me deixaram ler o processo ou tirar cópia dele. 


13- Orientadora se mobilizava para me tirar de escola municipal de Belford Roxo e me prejudicava. Eu sentia exclusão social e isolamento.


14- Funcionários públicos municipais de Belford Roxo desrespeitavam a identidade de gênero de transgêneros, travestis e transexuais.


15- Em 2009, o subsecretário municipal de Educação de Belford Roxo Miguel de Sousa Ramiro que prometeu mandar a minha frequência pelo período coberto pelo LAUDO MÉDICO PSIQUIÁTRICO, 2 semanas depois disse para mim que havia esquecido de tudo inclusive do MEU LAUDO MÉDICO mediante a pressão do supervisor educacional, consultor e assessor jurídico Jorge Silva (mat. 54368). OFÍCIOS REFERENTES A MIM FORAM EXTRAVIADOS NA SEMED (secretaria municipal de educação de Belford Roxo).


16- A PREFEITURA MUNICIPAL DE BELFORD ROXO, A PROCURADORIA MUNICIPAL E A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO NUNCA ADMITIAM EM PUNIÇÃO, OCORRÊNCIA, RELATOS, RELATÓRIOS, PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS E INQUÉRITOS, INCLUSIVE OS QUE ME DEMITIRAM DEFINITIVAMENTE DO FUNCIONALISMO PÚBLICO MUNICIPAL, QUE EU ATRAVESSAVA TANTO UM PROCESSO BIOQUÍMICO DIÁRIO QUE AFETAVA  TODA A MINHA MENTE E TODO O MEU CORPO COMO TAMBÉM  ATRAVESSAVA UMA REALIDADE QUE ME CAUSAVA SOFRIMENTO.


17- O RELATÓRIO SOBRE O II CONSELHO DE CLASSE DE 2007 NA ESCOLA MUNICIPAL JORGE AYRES DE LIMA FEITO PELA ORIENTADORA PEDAGÓGICA CONCEIÇÃO COM O OBJETIVO discriminatório DE ME PREJUDICAR.


18- Procuradora de Belford Roxo DÉBORA FERNANDES CORDEIRO PINTO (matrícula 80/28.585) também ligada a igreja evangélica recusou por 2 vezes o meu pedido de readmissão. FOI CURTA E GROSSA. NÃO COMENTOU SOBRE O LAUDO MÉDICO APRESENTADO. NÃO SE INTERESSOU EM AVERIGUAR O QUADRO PSIQUIÁTRICO. NÃO FEZ REFERÊNCIA AOS PROBLEMAS SOCIAIS E AO PRECONCEITO NO TRABALHO. IGNOROU TUDO SIMPLESMENTE.


19-  Não condene alguém com transtorno bipolar com sintomas psicóticos no mundo do trabalho. É o que eu posso ensinar às pessoas para que o mundo seja um pouco melhor  diante do quadro em que eu vivi no meu emprego de professora concursada e efetiva da Prefeitura Municipal de Belford Roxo.


20- Folha 03 do Processo 04/002061/03 - Diretora Vera e orientadora pedagógica Fátima da Escola Municipal São Bento sacanearam a professora Faiza Khálida mentindo em relatório técnico de 2002 dizendo que ela não entregou o planejamento.





21- O PROCESSO ADMINISTRATIVO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE BELFORD ROXO NÚMERO 04/002743/03 - Assunto: PROVIDÊNCIAS POR DISCRIMINAÇÃO - Data: 07/10/2003 - Era desrespeitada no exercício da minha função, dava aulas sendo chamada de viado, discriminada, me jogavam terra. Fiquei perturbada, fragilizada, desorientada, com os nervos pronto pra explodir, paranoica, EM DEPRESSÃO com as pessoas que ficavam me chamando de Xxxxxxxxx debochando da minha sexualidade.







22- Processo Administrativo 04/001497/03 - Data 04/06/2003 - HOMOFOBIA - " Tem muita gente que tem ódio de homossexual e o preconceito é muito grande nas escolas. É um ambiente doentio. Eu sendo professora não aguentei. Fui humilhada muitas vezes. Me disseram que eu teria de ser perfeita se quisesse continuar a ser professora ".











24- Em 1/10/2005 o Jornal O DIA informava na sua reportagem que eu havia começado a tomar hormônios em 2002 e a fazer procedimentos como o laser, que eu enfrentava um processo transexualizador e que eu necessitava inclusive da adequação burocrática e administrativa. O jornal O DIA também informava que eu fazia acompanhamento com psicólogos e tomava remédios como calmantes e antidepressivos por determinação médica.


25- A demissão em 2010 ocorreu durante o período em que eu me encontrava sob cuidados médicos com indicação de permanecer afastada do trabalho.


26- Praticamente todos na Prefeitura Municipal de Belford Roxo sabiam que eu lutava contra um preconceito que impactava a minha saúde psicológica e mental. A administração Pública de Belford Roxo se fez de cega.O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER.


27- Psicólogo do programa Rio Sem Homofobia esteve na Procuradoria de Belford Roxo explicando o meu adoecimento, nem assim houve reconhecimento, avaliação ou consideração  do meu quadro de doença descritos em laudos médicos e psicológicos.


28- Extravio de ofício e processo na Secretaria de Educação referente a professora em processo transexualizador Faiza Khálida.


29- Processo Judicial número 0004742-25.2012.8.19.0008 se encontra na segunda Vara Cível de Belford Roxo desde 02/03/2012.



30- A violência de gênero, o assédio moral, a desvalorização do magistério e o constrangimento no trabalho em Belford Roxo são realidades. O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Tudo isso também leva a Educação Municipal de Belford Roxo para o último lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) na Baixada Fluminense.

 Homofobia mata

As experiências de bullying são em geral superdimensionadas no registro de memória das pessoas em função da forte carga emocional das situações vividas


O Bullying pode levar ao suicídio