Prefeito de Nova Iguaçu, Nelson Bornier, sanciona lei anti-LGBT
O prefeito de Nova Iguaçu, Nelson Bornier (PMDB),
sancionou, ontem, uma lei que proíbe, nas escolas, distribuição,
exposição e divulgação de material sobre diversidade sexual.
Estão
vetados livros, vídeos, faixas ou cartazes com “orientações sobre
prática da homoafetividade, combate à homofobia e direitos dos
homossexuais”.
Logo na Baixada, onde, por dia, uma travesti é vítima de violência, segundo dados do Centro de Referência LGBT.
Como é a lei que está em vigor?
"Fica proibida a distribuição, exposição e divulgação de livros, publicações, cartazes, filmes, vídeos, faixas ou qualquer tipo de material, didático ou paradidático, contendo orientações sobre a diversidade sexual nos estabelecimentos de Ensino da rede pública da Cidade de Nova Iguaçu".
Para o integrante do Conselho Estadual LGBT, Júlio Moreira, a medida é
“um retrocesso”. “A gente sabe que a escola ainda é um espaço onde
LGBTs, principalmente travestis e transexuais, são alijados desde cedo
provocando uma serie de vulnerabilidades sociais que sao vistas no dia a
dia, que empurram as travestis para a prostituição como única forma de
sobrevivência. A lei é uma tentativa de setores conservadores de
impedir os avanços dos direitos conquistados pelo movimento LGBT”,
apontou.
LEI GEROU REVOLTA ENTRE OS MOVIMENTOS LGBTs NA CIDADE DA BAIXADA FLUMINENSE
PETIÇÃO PÚBLICA NA INTERNET CONTRA A MARGINALIZAÇÃO DE LGBTs NA ESCOLA
Uma petição publica, criada na internet para revogar a lei, afirma
que a lei representa um retrocesso na garantia de direitos da população
LGBT.
“Nós, lésbicas, trans, homossexuais e bissexuais somos marginalizados
diariamente, principalmente na escola, onde sofremos agressões físicas e
morais cotidianamente! É preciso discutir diversidade sexual na escola,
é preciso combater a homofobia em qualquer espaço”, diz um trecho da
petição.
VEREADOR DENILSON AMBRÓSIO SOARES DISSE QUE FEZ LEI PARA DEFENDER AS FAMÍLIAS
O vereador Denilson Ambrosio Soares (PROS), autor da lei sancionada pelo prefeito Nelson Bornier, afirma que
atua em defesa das famílias de Nova Iguaçu. Segundo ele, falar sobre
homossexuais dentro das salas de aulas é fazer apologia. "Nosso município hoje é recordista em homicídios. Então,
temos que rever a questão do homossexualismo. Morre o negro, morre o
gordo. Eu sou gordo. Sofro bullying por ser gordo. Outro por ser careca —
disse o vereador".
PROFESSOR DE NOVA IGUAÇU QUE PARTICIPOU DE MANIFESTAÇÃO ONTEM NA PORTA DA PREFEITURA DISSE QUE O PRECONCEITO É MUITO GRANDE NAS ESCOLAS E PRECISA SER DISCUTIDO.
Daniel Vieira era criança quando começou a sentir na pele o preconceito
por ser homossexual. Muitas vezes foi deixado de lado pelos amigos da
escola e sofria retaliação até quando ia ao banheiro. Hoje, aos 28 anos,
o professor de Nova Iguaçu,
na Baixada Fluminense, é mais um que luta pelo fim da homofobia e,
agora, pela anulação da lei do vereador Denilson Ambrosio (PROS) que
proíbe, nas escolas, distribuição, exposição e divulgação de material
sobre diversidade sexual sancionada nesta quarta-feira pelo prefeito
Nelson Bornier.
— A homofobia é algo muito forte nas escolas e precisa ser discutido.
Proibir essa discussão é reforçar o preconceito — diz Daniel, que
participou, ontem, de uma manifestação na porta da prefeitura.
Isso é um absurdo —
desabafa Rogério Carmo, diretor do Sindicato Estadual dos Profissionais
da Educação: — Eu precisei mudar de escola na infância por causa do
preconceito por ser gay. A homossexualidade precisa ser tratada dentro
de sala de aula, sim.
O projeto de lei foi aprovado por unanimidade na Câmara de Vereadores em 2015.
— As pessoas não tem noção de como os números são grandes. Não discutir o
assunto só faz a coisa piorar — afirma o coordenador do Centro de Cidadania LGBT da Baixada Fluminense, Ernane
Alexandre.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo para sempre.
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