ELISEU PIRES
Estupro em Hospital de Belford Roxo teria sido ABAFADO
Promotoria instaura inquérito para investigar responsabilidade da direção
Um estupro ocorrido em uma das enfermarias do Hospital Municipal Jorge Júlio Costa dos Santos, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, mostra como o setor de saúde naquela cidade está sendo tratado. O que seria visto como caso de polícia, mais um dos muitos registros de violência contra mulheres - infelizmente tão comuns na região - só está sendo investigado com mais rigor porque o Ministério Público foi acionado e abriu inquérito para apurar a responsabilidade da direção do hospital que, mesmo sabendo do fato, não teria tomado nenhuma providência. O estupro aconteceu no dia 25 de outubro e os dois diretores, mesmo sabendo do que ocorrera, nada fizeram a respeito.
Segundo o que foi levado ao conhecimento da 2ª Promotoria de Justiça
de Tutela Coletiva da Saúde da Região Metropolitana I, uma paciente com
problemas psiquiátricos internada no hospital municipal foi violentada
sexualmente, mas os dois diretores teriam deixado de registrar crime,
não teriam aberto procedimento interno para apuração e também não teriam
adotado protocolo de atendimento para casos de violência sexual.
De acordo com uma servidora da Secretaria Municipal de Saúde, na
segunda-feira seguinte ao fato (que ocorreu em um sábado), dia 27 de
outubro, já havia informações sobre o estupro, mas a orientação era para
que ninguém fizesse comentário sobre o fato, deixando evidente que o
propósito era abafar o caso. A
violência sexual aconteceu em um hospital que é monitorado por câmeras
durante 24 horas por dia. O prefeito Adenildo Braulino dos Santos, o
Dennis Dauttmam, diz, inclusive, que acompanha o atendimento através do
próprio iPad.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo para sempre.
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