Localizado no Bairro Heliópolis, um prédio em forma de Castelo popularmente conhecido como CASTELINHO que estava sendo utilizado como sede da Vigilância Sanitária Municipal foi ABANDONADO.
O imóvel foi pichado e teve paredes quebradas. Sem ninguém para tomar conta do terreno o pessoal invadiu e depredou tudo. Essa casa era muito querida por todos do bairro conforme relatou Igor Manhaes no Jornal O Globo. Era muito ruim vê-la largada desse jeito.
O imóvel foi erguido na década de 1950 pelo general José Muller que dá nome à rua.
O Prefeito Dennis Dauttman afirmou estar ciente do abandono do "Castelinho" e prometeu tomar providências.
O Castelinho de Itaipú foi demolido por falta de atenção das autóridades municipais e Belford Roxo perdeu mais um pedaço de sua história.
O PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO, ARTÍSTICO E HISTÓRICO DO MUNICÍPIO FOI ESQUECIDO, DESPREZADO E DEMOLIDO. SOBRARAM ENTULHOS, MATO ALTO E LIXO.
NA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE BELFORD ROXO DIZ:
Seção II
Da Competência Comum
Art. 18 - É de competência comum do Município, da União e do Estado, na forma prevista em Lei completar Federal:
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descentralização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico e cultural.
POPULAÇÃO FEZ APELO PELA RECUPERAÇÃO DO IMÓVEL
Construído na década de 50 pelo general José Muller, o antigo prédio
apelidado pela população de Heliópolis de Castelinho ficou em ruínas, em
Belford Roxo. Usado para atendimento pelo general, que era médico do
Exército, o imóvel caiu nas graças dos moradores da rua que leva o nome
do seu construtor. Depois, o local abrigou a sede da
Vigilância Sanitária. Depois, o
Castelinho foi desocupado e, em seguida, totalmente saqueado.
Portas
e janelas foram roubadas, os vidros quebrados e o rebaixamento de gesso
danificado, gerando uma montanha de entulhos entre os cômodos. O jardim
foi invadido pelo lixo, e as duas piscinas construídas no terreno ficaram
com água suja.
NINGUÉM VIGIAVA O PRÉDIO. PORTÕES FORAM ROUBADOS E USUÁRIOS DE DROGAS ENTRAVAM À NOITE
— Sempre vejo crianças que saem da escola aqui. Como os portões foram
roubados, qualquer um entra a hora que quiser — disse Ana Maria Nunes,
de 42 anos.
Com o abandono do prédio, vizinhos reclamaram da presença de usuários de drogas durante a noite.
—
Ninguém vigia, e nós estamos convivendo com o perigo diário. Cresci
admirando esse prédio e, hoje, vê-lo destruído é uma tristeza — disse
Douglas Nunes, de 21 anos.
Construção marcou a história
Para o historiador Paulinho Leopoldo, a construção de época marcou a história de quem mora na região:
—
Esse prédio caiu no gosto popular por causa dos atendimentos que o
general fazia na sua casa por caridade. O
Castelinho faz parte da história de quem vive aqui.
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