http://www.ocafezinho.com/2017/01/13/cedae-rj-e-as-mentiras-que-os-neoliberais-contam-sobre-privatizacao/
O Governo Federal do Presidente Michel Temer EXIGE que o Governo do Estado do Rio de Janeiro PRIVATIZE a CEDAE (Compania de Águas e Esgotos do Estado do Rio de Janeiro).
A exigência da Privatização da CEDAE faz parecer que as empresas privadas são salvadoras da pátria. Há vários exemplos de privatizações onde os serviços foram piorados, as tarifas foram encarecidas e as comunidades carentes foram excluídas dos sistemas operados.
O caos nas contas públicas foi criado e para solucioná-lo o Governo exige que a CEDAE-RJ seja privatizada. Essa é uma exigência para que a dívida do estado fluminense seja renegociada e o governo possa receber ajuda.
A privatização da CEDAE é mostrada como uma solução para a crise financeira do Estado do Rio de Janeiro. A empresadá LUCRO. Diversas empresas privadas também enfrentam reclamações diversas na execução dos seus serviços.
Nos anos 90, o Brasil privatizou inúmeras empresasde telecomunicações, mas a qualidade dos serviços épéssima e as empresas privadas que atuam no setor são campeãs em reclamações de seus clientes. A agência estatal reguladora não consegue mudar esse cenário e as tarifas cobradas estão entre as maiores do mundo.
Grandes cidades do mundo tem movimento pela reestatização de serviços. Os motivos são pelo não cumprimento de metas de investimento, serviços prestados ruins e tarifas abusivas aos clientes. Berlin, Budapeste e Buenos Aires são exemplos de cidades importantes do mundo que afastaram as empresas privadas que operavam os seus sistemas por apresentarem má qualidade do serviço e baixo índice de investimento.
Estudo elaborado pela Unidade Internacional de Pesquisa de Serviços Públicos (PSIRU), Instituto Transnacional (TNI) e Observatório Multinacional, publicado em 2014, informa que ocorreram 180 casos de reestatização no mundo nos últimos 15 anos. Os principais motivos são: promessas falsas das empresas privadas; tarifas altas; priorização do lucro em detrimento do atendimento às comunidades; pouca transparência e dificuldade de monitoramento. (https://www.tni.org/en/publication/here-to-stay-water-remunicipalisation-as-a-global-trend)
“A empresa privada não investe o suficiente e adota política de exclusão de populações mais pobres, impondo tarifas mais altas. Além disso, não atingem as metas dos contratos”, afirmou Leo Heller, que é relator especial sobre saneamento das Nações Unidas. O brasileiro salienta ainda que o próprio Banco Mundial, antes defensor das privatizações no saneamento, já reconheceu que as privatizações não são uma “panaceia para todos os problemas”. (https://nacoesunidas.org/privatizacao-do-saneamento-ja-se-mostrou-inadequada-em-muitos-paises-diz-relator-da-onu/)
Conclui-se que devemos ter muito cuidado com a solução mágica das privatizações do saneamento. As empresas privadas não são salvadoras da pátria e há vários exemplos de privatizações do setor que pioraram os serviços, encareceram as tarifas e excluíram ao invés de incluir as comunidades mais carentes aos sistemas operados. Os investimentos em saneamento básico reduzem drasticamente os gastos com custeio da saúde pública. Esta afirmação óbvia e já consagrada e comprovada precisa ser lembrada constantemente aos governantes para que eles assumam essa obrigação que é do governo e realizem os investimentos que o Brasil precisa para universalizar o saneamento!
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