ELIZEU PIRES
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Onde foi parar o dinheiro da saúde de Belford Roxo?
Gestão passada deixou faltar medicamentos, servidores sem pagamento e terminou o governo com unidades fechadas, embora os repasses específicos não tivessem diminuído
A partir do segundo semestre de 2015 o que mais se ouviu na administração municipal de Belford Roxo foi reclamação sobre falta de recursos, alegação usada pelo então prefeito Adenildo Braulino dos Santos, o Dennis Dauttmam (foto), para fechar o hospital público da cidade, a UPA do bairro Bom Pastor e a Unidade de Mista do Lote XV. Entretanto, registros do Fundo Nacional de Saúde revelam que os repasses feitos entre janeiro de 2013 – primeiro ano da gestão de Dennis – não sofreram queda alguma. Muito pelo contrário. Cresceram ano a ano e foram creditados sem atraso nas contas do Fundo Municipal de Saúde. De acordo com os dados oficiais, só do FNS o município recebeu cerca de R$ 380 milhões (valor líquido), sem contar os repasses de convênios e emendas parlamentares.
Segundo os números do Fundo Nacional de Saúde, em 2016, último ano da gestão de Dennis e o pior deles para os servidores e a população de um modo geral especificamente falando do setor de Saúde, o Fundo Municipal de Saúde de Belford Roxo recebeu o total de R$ 107 milhões, R$ 11 milhões a mais que no exercício de 2015, quando os repasses somaram R$ 96.829.566,37. Como os repasses não diminuíram e Dennis deixou os servidores do setor com quatro meses de salários atrasados, unidades de atendimento fechadas, a farmácia básica vazia, o que se pergunta é onde o dinheiro foi parar. “Só nós sabemos o que passamos em nosso ambiente de trabalho. Não tínhamos a mínima condição de atender a população”, diz uma servidora com vários anos de atividade, completando que não tinha vivido momentos piores que os verificados na gestão de Adenildo Braulino dos Santos.
Ainda segundo os registros do FNS, os repasses para Belford Roxo somaram R$ 91.858.299,16 em 2014 e R$ 81.458.858,51 em 2013. Ao todo foram creditados exatos R$ 377.460.557,48 nas contas do Fundo Municipal de Saúde durante o governo anterior, números que já começaram a mudar em relação ao exercício de 2017, com os repasses apresentando queda em comparação ao ano passado. Em 2016 a média mensal de créditos do FNS para o FMS era de R$ 8,9 milhões e a deste ano está em R$ 7,3 milhões, tendo o município recebido entre o dia 1º de janeiro e 31 de março o total de R$ 22.674.219,09, quando esperava-se pelo menos R$ 30 milhões no trimestre.
Desaparecido da cidade desde a última semana de dezembro, quando deixou os servidores sem o suficiente até para a ceia de natal mais simples – obrigando-os a fazerem “vaquinhas” para ajudar os que se encontrassem em situação mais delicada -, o ex-prefeito não foi encontrado para falar sobre o assunto. Já o sucessor, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, afirma que vai reabrir os Hospital Municipal Jorge Júlio Costa dos Santos, o Hospital do Joca, a Upa do Bairro Bom Pastor e a Unidade Mista do Lote XV. Segundo ele, a UPA será reaberta primeiro, seguida da unidade do bairro Lote XV e depois do hospital municipal. proporcionar uma saúde de qualidade para a população. “Com isso a nossa população não vai precisar mais se descolocar para outros municípios para receber um atendimento médico”, disse.
Louvado O Senhor Jesus Cristo para sempre.
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