JORNAL DE HOJE
Cadáver some no Cemitério de B.Roxo
Marco Antonio Oliveira
A diarista Cristiane da Silva, 31 anos, foi visitar o túmulo da mãe Maria de Fátima Soares da Silva, no Cemitério da Solidão, em Belford Roxo. Para sua surpresa, a sepultura estava com marcas de cimento e os restos mortais de Maria de Fátima, que morreu há quase um ano, não estava mais no local.
Cadáver some misteriosamente em cemitério
Felipe Schmidt
Fotos: Marco Antônio de Oliveira
Apesar de ser um dia para lembrar os entes queridos que faleceram, o Dia de Finados transformou-se num tormento para uma família. Em Belford Roxo, a diarista Cristiane da Silva, 31 anos, foi com o irmão e o filho ao Cemitério Municipal de Belford Roxo visitar o túmulo de sua mãe, Maria de Fátima Soares da Silva, morta há quase um ano. Para surpresa dela, a sepultura encontrava-se diferente, com marcas de cimento. Após consulta na administração, a revelação: os restos mortais da senhora não estavam ali. Mais um homem, de nome Augusto, havia sido sepultado no mesmo túmulo há três meses.
Segundo Cristiane, o administrador do cemitério, Antonio Alves, revelou que havia uma lista com cerca de 20 pessoas que estavam com os mesmos problemas da diarista. “Isso é um absurdo, uma falta de respeito. Minha mãe faleceu há menos de um ano, não se pode fazer a exumação de um corpo tão rápido assim”, disse ela, mostrando um documento que indicava que os restos mortais de Maria só poderiam ser desenterrados depois de três anos. Cristiane ainda deu parte na 54ª DP (Belford Roxo), onde já constavam duas queixas da mesma natureza, e aguarda agora a perícia a ser realizada. Ela também entrou com uma denúncia contra o cemitério no Ministério Público.
Acompanhada do irmão José Roberto da Silva, o filho de sete anos e um cunhado, Cristiane ficou chocada ao se deparar com o túmulo da mãe. “Foi horrível, eu comecei a chorar. Meu filho está arrasado. Agora que nós estávamos começando a nos recuperar da perda, sofremos mais esse baque. Parece que nem depois de enterrada, a pessoa pode descansar”, desabafou. “Este problema já aconteceu com muitas pessoas, e elas desistem, mas não farei isso. Vou até o fim para encontrar minha mãe”, garantiu.
À parte o problema de Cristiane, o Cemitério Municipal de Belford Roxo encontra-se em situação crítica. Uma rápida visita aos túmulos revela sepulturas quebradas, com os restos mortais podendo ser vistos por quem passa. Mais grave ainda: ossos são encontrados ao ar livre, junto com roupas. Outros túmulos apresentam as mesmas marcas apresentadas no de Maria de Fátima: cimento tampando as entradas. Para quem mora próximo ao cemitério, histórias de restos mortais desaparecidos não são raras. “Sempre acontece esse tipo de coisa. O problema é dinheiro; eles não têm espaço para enterrar os defuntos, e aí fazem isso”, disse uma moradora, que preferiu não se identificar.
Curiosamente, um caso semelhante foi noticiado nas páginas do Jornal de Hoje recentemente. A denúncia dos problemas do cemitério culminou no afastamento do antigo administrador do local. A nova administração está no local há apenas um mês. Procurado pela reportagem, o atual diretor, Antônio Alves, não foi encontrado. Os outros funcionários não quiseram dar entrevistas sobre o assunto.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo para sempre.
RJ TV viu o péssimo estado em que se encontra o cemitério administrado pela Prefeitura Municipal de Belford Roxo
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo para sempre.
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